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Arapucu é reconhecida como Comunidade Remanescente de Quilombo no Pará
O Incra publicou no Diário Oficial da União, de 8 de agosto, portaria na qual reconhece e declara as terras da comunidade remanescente de quilombo Arapucu, localizada no município de Óbidos, no estado do Pará.
A Portaria nº 599 detalha que o quilombo Arapucu tem área de 777 hectares, tendo como limites e confrontações: ao Norte, Gleba Xiriri; ao Sul, rio Amazonas; a Leste, Fazenda São Gonçalo, Sítio Sucuriju, Sítio Costa e Silva, e Sítio Meu Sonho; e a Oeste, Sítio Marajó - Parte A e B, e Sítio Bela Vista.
De acordo com o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID) da Comunidade Quilombola Arapucu, há 79 famílias na área, totalizando cerca de 320 pessoas. O RTID identificou apenas dois imóveis de não quilombolas na área da comunidade. Também foi identificado que na área há sobreposição nas terras da Gleba Xiriri e o Projeto de Assentamento Curumu II.
Histórico
Localizada a 17 quilômetros da sede do município de Óbidos por via terrestre e 8,5 km por via fluvial, Arapucu fica situada à margem do lago Arapucu – cujas águas vão para o Rio Amazonas.
No início, na comunidade Arapucu existia uma tribo indígena, sendo que por volta de 1660 houve a chegada dos primeiros jesuítas para a catequeses dos índios que habitavam no local.
Hoje a predominância étnica da comunidade Arapucu é de remanescentes de quilombos, originados de negros que resistiram à escravidão ou conquistaram a liberdade após a Lei Áurea, em 1888.
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