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Agricultores ampliam renda no Espírito Santo com variedade de culturas
Ivanilson Santos apostou na produção de cítricos em seu lote no assentamento Córrego da Lage. - Foto: Incra/ES
No assentamento Nova Esperança, localizado no município de Aracruz (ES), Dalcir Cardoso Luz e Maria Alves da Silva Rocha Luz buscam na diversidade a fonte de renda da família. Eles compõem com os irmãos dele a unidade familiar do lote da mãe Ana Nascimento Luz.
O lote é pequeno, mas eles aproveitam todo o espaço com os cultivos de café, pimenta-do-reino, aipim e urucum. Tem ainda o cultivo de verduras e legumes de estação (couve, taioba, abóbora, pimentão e cenoura).
A aposta na diversidade garante renda variada. Em 2021, as 34 sacas de café pilado colhidas renderam quase R$ 15 mil. As três toneladas de aipim mais de R$ 3,5 mil. A primeira colheita de parte dos 340 pés de pimenta-do-reino está prevista para o final do ano.
Após recuperar-se de um acidente de trabalho no campo, o agricultor retoma aos poucos as tarefas da experiência bem-sucedida com hortaliças. A atividade foi incentivada pela esposa e já rendeu bons frutos no ano passado.
Participantes do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), em 2020, entregaram mais de três toneladas de cenouras e implementaram a renda familiar em cerca de R$ 9 mil. A entrega de cestas personalizadas dos produtos (hortaliças em geral) – ação promovida por uma cooperativa da região em que o casal é associado – gerou mais R$ 4 mil.
Cítricos
A família de Ivanilson Vieira dos Santos dedicava-se à produção de leite no assentamento Córrego da Lage, no município de Mucurici . Porém, a crise hídrica de 2016 estimulou a busca de alternativas produtivas.
Com a experiência adquirida no plantio de cerca de 60 pés de limão-taiti, iniciado em 2015, o cultivo de cítricos foi a solução encontrada para complementar a renda do casal. Aos poucos instalaram o sistema de irrigação e entre laranjas, ponkans e limões têm hoje mais de 300 pés. No ano passado, mesmo com a estiagem e a insegurança hídrica no local, colheram das plantas em fase de produção aproximadamente 250 quilos, gerando uma renda extra de R$ 750.
Eles esperam a liberação de uma emenda parlamentar estadual prevista para o final do ano para aquisição e distribuição de 100 mudas a cada um dos produtores do assentamento. Segundo Ivanilson, “a ideia é ampliar a produção e talvez isso signifique mais 300 exemplares de laranja e outros 300 de limão. A questão toda é a disponibilidade de água”, afirma. Além disso, o casal pensa em potencializar a criação de porcos com o aumento da área plantada de aipim para incremento da renda familiar.
Ivanilson considera o assentamento um verdadeiro lar. A razão para tal argumento ancora-se na forte ligação com a comunidade, uma vez que concilia as tarefas da agricultura familiar desenvolvidas no lote com a atividade docente que exerce na escola local.