O controle do tabaco no Brasil: uma trajetória

Abertura. Título: "O controle do tabaco no Brasil: uma trajetória".

Texto de apresentação da exposição

Origem da planta tabaco e quando começou a ser utilizada para fumo.

A partir da segunda metade do século XIX, o cigarro industrializado tornou-se popular no mundo. No Brasil, a partir de 1980.

Já em 1939, o médico Mário Kroeff, um dos fundadores do INCA, divulgou materiais sobre o risco de canceres atribuídos ao fumo.

Tabaco sofre intensa oposição médica. Porém, médicos e pesquisadores, financiado pela indústria do tabaco, ajudaram esconder o grande público dos malefícios e falavam dos benefícios do fumo.

Durante a Segunda Guerra Mundial, o cigarro vira moeda de troca e nos filmes de Hollywood cria-se a ideia de algo sedutor. No Brasil, propagandas das mostravam crianças, cachorro e até Papai Noel fumando.

O tabaco sempre foi presença marcante nas artes. Artistas fumavam em cena e palcos inspirados em seus ídolos, o que ajudava a criar a falsa impressão de charme, virilidade e rebeldia com o cigarro.

A reação no Brasil começou em 1960, com vários projetos de lei que refletiam por causa do aumento do números de fumantes no país.

Anúncios e filmes representavam o fumo como liberdade e que poderia encantar os homens. O número de mulheres fumantes cresceu, a consequência atual é aumento da mortalidade por câncer de pulmão entre as mulheres.

O tabaco é a segunda droga mais consumida entre jovens, perdendo apenas para o álcool.

Grandes festivais e jingles marcaram época e propagandas da indústria do tabaco. Em 1987, o Ministério da Saúde estimou entre 80 mil e 10 mil mortes prematuras por causa do cigarro.

Nas últimas décadas, para evitar a morte prematura por tabaco uma série de leis para o controle do tabaco foi aprovada no Brasil.

Em julho de 1996 foi aprovada a lei 9.294 que fez restrições a propagandas de cigarros e proibiu o fumo em lugares coletivos, exceto fumódromos.

Em dezembro de 2000, a Lei 10.167 estabeleceu novas regras para a propaganda de cigarros como a proibição de criança e jovens. A lei também impede o anuncio na internet, estádios, palcos e distribuição de brindes e amostras grátis.

Painel mostra cartazes, campanha e material educativo de diferentes décadas voltado para sensibilização e informação de mulheres e do público infantil .

As embalagens de cigarro tornaram-se um veículo de alerta para os malefícios do fumo. Outro avanços aconteceram quando a Anvisa proibiu o uso de termos como "light", "suave", "baixo teores" e outras. Além de vetar adição de sabor e aromas aos cigarros no Brasil.

O fumo passivo mata mais de 600 mil não fumantes por ano, no mundo. Além de danos à saúde, ao longo cadeia de produção do tabaco com fatores que afetam o meio ambiente e toda a sociedade.

A Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT) é o primeiro tratado internacional de saúde que visa conter a epidemia de tabagismo no mundo. O Brasil conta com a Comissão Nacional para a Implementação da Convenção-Quadro do Controle do Tabaco (Conicq-INCA).

A exposição "O Controle do Tabaco no Brasil: uma trajetória" é uma realização do projeto Histórias do Câncer, parceria INCA-COC/Fiocruz.