Banco Nacional de Tumores e DNA
O Banco Nacional de Tumores (BNT) é resultado de iniciativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) com o apoio financeiro da Swiss Bridge Foundation e Finep. O BNT tem como objetivo a coleta de amostras tumorais e pareadas normais, além de sangue de pacientes matriculados no INCA, portadores dos tumores mais prevalentes no país.
Equipe:
Coordenadora:
Rosilene de Lima Pinheiro (Tecnologista)
Email: rpinheiro@inca.gov.br
Telefone: +55 21 32076541
Secretária:
Suely de Oliveira (soliveira@inca.gov.br, 3207-6512)
Tecnologistas:
Diego José Gomes de Paula
Técnicos:
Luciana Medeiros de Castro
Daniela Pacheco de Oliveira (HC I)
Lilian Souza da Silva (HC III)
Bolsistas de desenvolvimento institucional:
Leandro Fernandes Duarte
Marysse Lanes (HC I)
Rochelle de Araújo Siqueira da Silva (HCI)
Ana Cláudia Frazão Paiva (HC II)
Paulo César de Oliveira Moraes (HC II)
Raquel Maria de Sena (HC III)
Pesquisa de amostras
Procedimento
No momento em que o paciente é matriculado no INCA ele é encaminhado para uma equipe de enfermeiras treinadas para entrevistá-los e convidados a tornar-se um doador do BNT, seja o sangue ou uma amostra do tumor, quando submetido a um procedimento cirúrgico, seja ele diagnóstico ou terapêutico. A coleta de material excedente é autorizada pelo paciente após esclarecimentos, e sua identidade, preservada. Uma plataforma de bioinformática foi especialmente desenvolvida para atender a organização e o armazenamento de dados da rede do BNT. A equipe desenvolveu protocolos de coleta, armazenamento e transporte das amostras que garantem ao pesquisador o controle de qualidade total para as pesquisas na área de genômica e proteômica. O projeto conta com a colaboração da Coordenação de Prevenção e Vigilância (Conprev), do corpo de enfermagem do INCA e de todos os serviços médico-cirúrgicos dos hospitais do INCA e da Divisão de Patologia (DIPAT) , responsável pelo diagnóstico das neoplasias e fornecimento dos tecidos para serem armazenados no BNT.
Justificativa
Muito do conhecimento gerado na pesquisa sobre o câncer tem sido obtido de estudos utilizando linhagens celulares e modelos animais. Entretanto, para levar esse conhecimento para a prática médica em termos de marcadores clinicamente úteis e em alvos para terapia em câncer, é importante validar os resultados através de amostras tumorais bem definidas (Watson et al., 1996). As inúmeras coleções de tecidos arquivados em blocos de parafina nos serviços de patologia são, à primeira vista, suficientes para fornecer material em vários níveis de demanda. Entretanto, esse material geralmente suporta um limitado número de ensaios experimentais. O modo de preservação nem sempre é adequado para a tecnologia a ser utilizada e muitas amostras não são ligadas diretamente a dados clínicos ou de seguimento do paciente. Existe, portanto, a necessidade de implantação de bancos de amostras tumorais apropriados para o desenvolvimento de testes sensíveis de rastreamento. Por exemplo, a distinção entre formas da doença com comportamento mais agressivo ou menos agressivo por meio de um perfil molecular do tecido afetado depende da análise de um grande número de amostras bem caracterizadas. Os bancos de tumores são importantes porque podem fornecer o material necessário para validação de hipóteses. Apesar da necessidade de pesquisa clínica posterior, compreendem um mecanismo formal e responsável para acesso e utilização de tecido tumoral. É importante lembrar que, no futuro, provavelmente haverá acesso limitado a amostras de vários tipos, considerando que a detecção precoce ou a adoção de terapias pré-operatórias poderão resultar na redução da disponibilidade e na qualidade de tecidos neoplásicos. É, portanto, necessário organizar bancos de tumores para pesquisa e para assegurar o uso apropriado e responsável desse material.
Objetivos
- Utilização das amostras congeladas em pesquisa básica e clínica
- Colaboração com instituições nacionais e internacionais
- Estabelecimento de um banco de tumores no Centro de Pesquisa do INCA, com sistema para identificação acurada, armazenamento adequado e recuperação fácil de amostras de tecido, sangue e derivados. Esse banco contará com o suporte técnico dos tecnologistas e infraestrutura apropriada para o processamento das amostras
- Rígido controle de qualidade das amostras
- Implantação de uma unidade de bioinformática para controle e análise de dados