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Tabagismo
Ministério da Saúde lança linha de cuidado para prevenção e controle do tabagismo
O Ministério da Saúde (MS) lançou uma linha de cuidado abordando o tabagismo (abre em outra janela). A plataforma on-line, no ar desde sexta-feira, 12, tem como objetivo contribuir com a redução do uso do tabaco e derivados, a partir dos caminhos que o cidadão pode percorrer dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). A Divisão de Controle do Tabagismo e Outros Fatores de Risco do INCA integrou a equipe técnica que elaborou o documento.
Para o secretário de Atenção Primária do MS, Raphael Câmara, é necessário manter a vigilância para que o País não volte aos patamares dos anos 1980. “O combate ao tabagismo é uma pauta importantíssima para a saúde dos brasileiros, e avançamos muito nas últimas décadas. Mas sabemos que é possível reduzir ainda mais o número de fumantes e que essa deve ser uma luta permanente”, afirma.
O número de pessoas com mais de 18 anos que fazem uso do tabaco passou de 15,7% em 2006 para 9,5% em 2020, segundo a pesquisa Vigitel. O declínio é o resultado significativo das políticas públicas que o MS já promoveu sobre o tema, como a proibição da propaganda de cigarros, a advertências sobre o risco do tabagismo nos maços do produto e a adesão à Convenção-Quadro da Organização Mundial da Saúde para o Controle do Tabaco.
Na linha de cuidado do tabagismo, profissionais de saúde e gestores de todos os níveis de atenção (primária, especializada, hospitalar) do SUS têm subsídios para organizar e padronizar os serviços oferecidos, estabelecendo o percurso assistencial adequado dos usuários para cada necessidade. Ela também é útil na elaboração de estratégias de abordagem e aconselhamento sobre o tabagismo e planejamento terapêutico para quem deseja ou precisa parar de fumar, visando o maior alcance, efetividade e resolutividade das ações. A plataforma pode ser acessada durante a consulta pelo computador, celular ou tablet.
Já o cidadão pode ter mais autonomia: pela plataforma, ele busca informações, verifica se está sendo encaminhado corretamente, quais são as ações e atividades de promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação a serem desenvolvidas pela equipe multidisciplinar em cada ponto da rede. Também são indicados os estabelecimentos que promovem a continuidade do cuidado em outros níveis de atenção.
O projeto
As linhas de cuidado trazem um protocolo clínico transversal a toda rede de atenção e estabelece a trajetória mais segura para o paciente. O material traz padronizações técnicas e informações em uma plataforma interativa e de fácil navegabilidade, com conteúdos didáticos sobre diversas doenças e orientações que organizam o atendimento no SUS.
No campo de acesso rápido, estão disponíveis a definição, as referências bibliográficas e as fichas técnicas da linha de cuidado consultada. Um dos objetivos é focar no cuidado da pessoa e fortalecer a Rede de Atenção à Saúde (RAS) ao promover a integração de ações e serviços, desde a unidade de saúde na Atenção Primária até os serviços especializados.
Você sabia?
A Atenção Primária é o espaço ideal para a oferta e a abordagem de cessação ao tabagismo, já que é pelas unidades básicas de saúde que o cidadão tem o primeiro contato com o SUS. Ela é responsável por promover ações comunitárias e individuais, informar a comunidade sobre como prevenir doenças, identificar pessoas de grupos de risco, fazer o diagnóstico precoce e instituir o tratamento, quando indicado. Além disso, a Atenção Primária deve estimular a manutenção do cuidado continuado, educar na autonomia do autocuidado, monitorar e prevenir complicações, buscando a melhoria da qualidade de vida da população.
Outras linhas
Estão em desenvolvimento 17 linhas de cuidado. Sete já estão disponíveis: AVC no adulto, hipertensão arterial sistêmica, transtorno do espectro autista na criança, HIV/Aids no adulto, obesidade no adulto, diabetes mellitus tipo 2 e tabagismo. Outros temas previstos são câncer de mama e do colo do útero, depressão, ansiedade e asma.
As linhas de cuidado são um projeto da Secretaria de Atenção Primária do Ministério da Saúde, produzido em parceria com o Instituto para Avaliação de Tecnologia em Saúde (Iats). Acesse a plataforma (abre em outra janela).