Poluição do ar
O ar é considerado poluído quando há presença de contaminantes ou de substâncias poluidoras na sua composição, sejam eles gases, materiais particulados e compostos orgânicos voláteis (JACOBSON, 2010), que interfiram na saúde e no bem-estar humano, ou ainda causem efeitos danosos ao meio ambiente.
Formas de exposição
Todas as populações habitantes de áreas industrializadas estão expostas a poluentes do ar. Existem muitas fontes naturais de poluição atmosférica (vulcões, incêndios florestais, poeira levada pelo vento, vapores naturais), mas são as fontes antropogênicas (aquelas produzidas pelo homem) que emitem poluentes em altas concentrações e que levantam preocupações sobre seus potenciais impactos na saúde.
Natural | Principalmente poeira do deserto, sal marinho e emissões de enxofre vulcânicos e orgânicos libertados pela vegetação. |
Indústria | Setores siderúrgico, químico, alimentícios, de petróleo. |
Transportes terrestres | Transportes rodoviários e não rodoviários em terra. |
Utilização de energia residencial e comercial | Energia a partir de pequenas fontes de combustão para aquecimento de espaços e cozedura, incluindo geradores a diesel e utilização de biocombustíveis. |
Produção de energia | Centrais elétricas alimentadas a combustíveis fósseis. |
Queima de Biomassa | Incêndios florestais tropicais e desmatamento, incêndios de savanas e arbustos, fogos de pastagem e queima de resíduos agrícolas. |
Agricultura | Emissões de amônia associadas ao uso de fertilizantes e animais domesticados. |
Fonte: INCA, 2021
Principais efeitos à saúde
As principais doenças pulmonares crônicas são a bronquite, o enfisema e o câncer. Há evidência suficiente de associação entre poluição ambiental e câncer de pulmão e de bexiga (IARC, 2004).
Medidas de controle
Como a poluição atmosférica é um problema complexo, com diversas causas e consequências, seu enfrentamento deve-se basear uma visão ampla do tema. Devem ser adotadas, dentre outras, medidas tais como: monitoramento da estruturação dos programas e ações de controle das fontes de poluição fixas e móveis; estabelecimento de árvores artificiais para capitação de mais CO2; práticas ecológicas para economia de energia e otimização da estrutura energética; aumento dos sumidouros de carbono, além de capacitação de recursos humanos e geração de novas tecnologias.
Referências Bibliográficas
INTERNATIONAL AGENCY FOR RESEARCH ON CANCER. Tobacco smoke and involuntary smoking. Lyon: IARC, 2004.
JACOBSON, MZ. Short-term effects of controlling fossil-fuel soot, biofuel soot and gases, and methane on climate, arctic ice, and air pollution health. Journal of Geophysical Research: Atmospheres, v. 115, n. D14, 2010.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. Ambiente, trabalho e câncer: aspectos epidemiológicos, toxicológicos e regulatórios / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. – Rio de Janeiro: INCA, 2021.