Versão para população
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Estatísticas
Estimativa de novos casos: 220.490, sendo 101.920 homens e 118.570 mulheres (2022 - INCA); e
Número de mortes (C44): 3.541, sendo 2.023 homens e 1.518 mulheres (Atlas de Mortalidade por Câncer - SIM, 2023).
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O que aumenta o risco?
- Exposição prolongada e repetida aos raios ultravioletas (UV) do sol, principalmente na infância e adolescência.
- Ter pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros, ou ser albino.
- Ter história familiar ou pessoal de câncer de pele.
- Pessoas que trabalham sob exposição direta ao sol são mais vulneráveis ao câncer de pele não-melanoma.
- Outros fatores de risco incluem indivíduos com sistema imune debilitado e exposição à radiação artificial.
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Alguns tipos de trabalho podem aumentar o risco de câncer de pele não melanoma. Esse tipo de câncer está relacionado, principalmente, à exposição frequente a exposição ao sol, especialmente para pessoas que trabalham ao ar livre, como agricultores, trabalhadores da construção civil, pescadores, carteiros e profissionais da limpeza urbana. Ficar exposto ao sol por muitas horas, durante vários anos, pode causar danos à pele e favorecer o surgimento desse tipo de câncer. Outro fator de risco é a exposição à radiação, como os raios X e a radiação gama. Esse tipo de exposição pode ocorrer, por exemplo, entre profissionais da área da saúde, como aqueles que trabalham com exames de imagem, ou em atividades que utilizam equipamentos radiológicos.
Também existe risco em alguns trabalhos que envolvem substâncias químicas, como o arsênio, óleos minerais, fuligem e produtos usados em processos industriais. Essas substâncias podem estar presentes em atividades como mineração, metalurgia, indústrias petroquímicas, siderúrgicas, oficinas, manutenção industrial e limpeza de chaminés.
Por isso, a prevenção no trabalho é muito importante. Usar roupas de mangas longas, chapéus, luvas, óculos de proteção e protetor solar, além de seguir as normas de segurança, ajuda a reduzir a exposição a esses agentes e a proteger a saúde dos trabalhadores.
REFERÊNCIAS
IARC. List of classifications by cancer sites with sufficient or limited evidence in humans, IARC Monographs Volumes 1–140a. International Agency for Research on Cancer, 2025. Acesso em: 21 nov. 2025. Disponível em: < https://monographs.iarc.who.int/wp-content/uploads/2019/07/Classifications_by_cancer_site.pdf>.
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Como prevenir?
- Evitar exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h.
- Procurar lugares com sombra.
- Usar proteção adequada, como roupas, bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuros com proteção UV, sombrinhas e barracas.
- Aplicar na pele, antes de se expor ao sol, filtro (protetor) solar com fator de proteção 15, no mínimo.
- Usar filtro solar próprio para os lábios.
- Em atividades de trabalho, que envolvem radiação ou substâncias químicas, deve-se utilizar corretamente os equipamentos de proteção individual indicados, seguir as normas de segurança e participar dos treinamentos oferecidos no local de trabalho. Essas medidas ajudam a proteger a pele, reduzir riscos à saúde e promover ambientes de trabalho mais seguros.
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Sinais e sintomas
O câncer de pele não melanoma ocorre principalmente nas áreas do corpo mais expostas ao sol, como rosto, pescoço e orelhas, podendo destruir estas estruturas. Apresenta-se como:
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Manchas na pele que coçam, ardem, descamam ou sangram.
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Feridas que não cicatrizam em até quatro semanas.
Nesses casos, deve-se procurar o mais rápido possível o médico dermatologista (especialista em pele).
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Detecção precoce
A detecção precoce do câncer é uma estratégia utilizada para encontrar um tumor numa fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento efetivo.
A detecção precoce pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais, endoscópios ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou de pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.
Não há evidência científica de que o rastreamento do câncer de pele não melanoma traga mais benefícios do que riscos e, portanto, até o momento, ele não é recomendado. Entretanto, é importante que todos estejam atentos a qualquer modificação na pele. Manchas na pele que coçam, ardem, descamam ou sangram e feridas que não cicatrizam em quatro semanas, principalmente em áreas do corpo mais expostas ao sol, como rosto, pescoço e orelhas, devem ser investigadas por um especialista. O diagnóstico precoce aumenta as chances de tratamento e cura.
Na maior parte das vezes essas alterações na pele não são causadas por câncer, mas é importante que elas sejam investigadas por um médico, principalmente se não melhorarem em poucos dias.
Para mais informações e dicas sobre como se proteger do câncer de pele, consulte o folheto Câncer de pele: vamos falar sobre isso?.
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Diagnóstico
O diagnóstico normalmente é feito pelo dermatologista, através de exame clínico.
Em algumas situações, é necessário que o especialista utilize a dermatoscopia, exame no qual se usa um aparelho que permite visualizar algumas camadas da pele não vistas a olho nu. Alguns casos exigem um exame invasivo, que é a biópsia.
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Tratamento
A cirurgia é o tratamento mais indicado tanto nos casos de carcinoma basocelular como de carcinoma epidermoide. Eventualmente, pode-se associar a radioterapia à cirurgia.
A terapia fotodinâmica (uso de um creme fotossensível e posterior aplicação de uma fonte de luz) é uma opção terapêutica para a ceratose actínica (lesão precursora do câncer de pele), carcinoma basocelular superficial e carcinoma epidermoide "in situ" (Doença de Bowen).
A criocirurgia e a imunoterapia tópica são também opções para o tratamento desses cânceres. No entanto, exigem indicação precisa feita por um especialista experiente.
Para os casos de carcinoma basocelular avançado/metastático, existe hoje um medicamento por via oral classificado como terapia alvo, denominada Vismodegib que apresenta excelentes resultados durante o seu uso, mas que deve ser feito durante toda a vida. O produto é de alto custo e não está disponível no serviço público.
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Acompanhamento pós tratamento
O Câncer de pele Não Melanoma, após o tratamento cirúrgico correto, normalmente está curado. Qualquer sinal de recidiva o médico assistente deve ser procurado para novo exame clínico/histopatológico. Não se pode esquecer da prevenção, portanto é importante que as lesões pré cancerosas sejam monitoradas.
Já as outras alternativas terapêuticas (não cirúrgicas) devem procurar o especialista a cada 06 meses ou surgimento de sinais de recidiva.
É bom ressaltar que o sucesso da cura se relaciona com a precocidade do tratamento tanto da lesão inicial quanto da recidiva.
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