Versão para população
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Estatísticas
Estimativa de casos novos: 7.310 (2022 - INCA); e
Número de óbitos: 4.037 (2021 - Atlas de Mortalidade por Câncer - SIM).
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O que aumenta o risco?
Idade - A incidência de carcinoma epitelial de ovário aumenta com o avanço da idade.
Fatores reprodutivos e hormonais - O risco de câncer de ovário é aumentado em mulheres com infertilidade e reduzido naquelas que tomam contraceptivos orais (pílula anticoncepcional) ou que tiveram vários filhos. Por outro lado, mulheres que nunca tiveram filhos parecem ter risco aumentado para câncer de ovário.
A menarca (primeira menstruação) precoce (antes dos 12 anos) e a idade tardia na menopausa (após os 52 anos) podem estar associadas a risco aumentado de câncer de ovário.
A infertilidade é fator de risco para o câncer de ovário, mas a indução da ovulação para o tratamento da infertilidade não parece aumentar o risco de desenvolver a doença.
O risco de câncer de ovário com terapia hormonal pós-menopausa aparenta ser pequeno.
História familiar - Histórico familiar de cânceres de ovário, colorretal e de mama está associado a risco aumentado de câncer de ovário.
Fatores genéticos - Mutações em genes, como BRCA1 e BRCA2, estão relacionadas a risco elevado de câncer de mama e de ovário.
Excesso de gordura corporal - Aumenta o risco de desenvolvimento de câncer de ovário.
Mulheres que trabalham expostas a asbestos (amianto) ou a raios X e gama apresentam risco aumentado de câncer de ovário.
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Como prevenir?
As mulheres devem estar atentas aos fatores de risco, manter o peso corporal saudável e consultar regularmente o seu médico, principalmente a partir dos 50 anos.
O exame preventivo ginecológico (Papanicolaou) não detecta o câncer de ovário, já que é específico para detectar o câncer do colo do útero.
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Sinais e sintomas
Na fase inicial, o câncer de ovário não causa sintomas específicos. À medida que o tumor cresce, pode causar pressão, dor ou inchaço no abdômen, pelve, costas ou pernas; náusea, indigestão, gases, prisão de ventre, diarreia, falta de apetite, desejo de urinar com mais frequência, cansaço constante e/ou massa palpável no abdome.
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Detecção precoce
A detecção precoce pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou com o uso de exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.
Não há evidência científica de que o rastreamento do câncer de ovário traga mais benefícios do que riscos e, portanto, até o momento, ele não é recomendado.
Já o diagnóstico precoce desse tipo de câncer é possível em apenas parte dos casos, pois a maioria só apresenta sinais e sintomas em fases mais avançadas da doença. Os sinais e sintomas mais comuns e que devem ser investigados são:
- Inchaço abdominal
- Dor abdominal
- Perda de apetite e de peso, fadiga
- Mudanças no hábito intestinal e/ou urinário
Na maior parte das vezes esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados, principalmente se não melhorarem em poucos dias.
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Diagnóstico
Diante de algum sintoma suspeito, o médico realizará o exame clínico ginecológico e poderá pedir exames laboratoriais e de imagem.
Os exames mais solicitados para avaliação do câncer de ovário são:
- Marcador tumoral CA-125 (mede o nível da proteína CA-125 no sangue, que pode sinalizar a presença de células cancerígenas de ovário).
- Ultrassom transvaginal: exame inicial na pesquisa do câncer de ovário. Identifica o tamanho dos ovários e quaisquer características suspeitas.
- Tomografia computadorizada de abdome e pelve: auxilia na melhor caracterização da massa pélvica e determina se outros órgãos estão afetados ou se os gânglios linfáticos estão aumentados.
- Ressonância nuclear magnética de abdome e pelve: exame de qualidade para avaliação de orgãos da pelve e muito útil quando o ultrassom ou tomografia são inconclusivos.
- Raio-X ou tomografia de tórax: avaliar se o câncer se espalhou para os pulmões.
O câncer de ovário é diagnosticado por meio de cirurgia. Em alguns casos em que a cirurgia não é possível, é necessário de uma biópsia guiada por Tomografia.
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Tratamento
A doença pode ser tratada com cirurgia ou quimioterapia. A escolha vai depender, principalmente, do tipo histológico do tumor, do estadiamento (extensão da doença), da idade, das condições clínicas da paciente e se o tumor é inicial ou recorrente.
Idealmente a cirurgia é o procedimento inicial, mas ela está indicada apenas quando se é possível a ressecção de todo o tumor. Nesses casos, a quimioterapia é indicada após a retirada do tumor (quimioterapia adjuvante), com a intenção de reduzir o risco de reincidência da doença.
Se a cirurgia inicial não for indicada pela impossibilidade da retirada completa do tumor, a quimioterapia é realizada antes do procedimento cirúrgico (este tipo de tratamento é chamado quimioterapia neoadjuvante).
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Acompanhamento pós tratamento
O acompanhamento após o término do tratamento é fundamental e a frequência de consultas depende principalmente do estágio, tipo e grau do câncer. As consultas médicas para anamnese e exame físico são recomendadas a cada 3 a 6 meses durante os primeiros 2 anos e, a seguir, a cada 6 ou 12 meses.
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