Versão para população
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Estatísticas
Estimativa de novos casos: 45.630, sendo 21.970 homens e 23.660 mulheres (2022 - INCA); e
Número de mortes: 21.262, sendo 10.662 homens e 10.598 mulheres (2021 - Atlas de Mortalidade por Câncer - SIM).
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O que aumenta o risco?
Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, inatividade física, excesso de gordura corporal (sobrepeso e obesidade) e alimentação pobre em frutas, vegetais e outros alimentos que contenham fibras. O consumo de carnes processadas, comumente conhecidas como embutidos (salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru, salame, entre outras) e a ingestão excessiva de carne vermelha (acima de 500 gramas de carne cozida por semana) também aumentam o risco para este tipo de câncer.
Outros fatores relacionados à maior chance de desenvolvimento da doença são história familiar de câncer de intestino, história pessoal de câncer de intestino, ovário, útero ou mama, além de tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas.
Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC). Pacientes com essas doenças devem ter acompanhamento individualizado.
A exposição ocupacional à radiação ionizante, como aos raios X e gama, pode aumentar o risco para câncer de cólon. Assim, profissionais do ramo da radiologia (industrial e médica) devem estar mais atentos.
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Como prevenir?
A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física, assim como a alimentação saudável são fundamentais para a prevenção do câncer de intestino. Uma alimentação saudável é composta, principalmente, por alimentos in natura e minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, grãos e sementes.
Além disso deve-se evitar o consumo de carnes processadas (por exemplo salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru, salame) e limitar o consumo de carnes vermelhas até 500 gramas de carne cozida por semana.
Esse padrão de alimentação é rico em fibras e, além de promover o bom funcionamento do intestino, também ajuda no controle do peso corporal. Manter o peso dentro dos limites da normalidade e fazer atividade física, movimentando-se diariamente ou na maior parte da semana, são fatores importantes para a prevenção deste tipo de câncer.
Verifique se seu peso está adequado com uma calculadora de IMC.
Não fumar e não se expor ao tabagismo.
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Sinais e sintomas
Os sintomas mais frequentemente associados ao câncer do intestino são:
- sangue nas fezes;
- alteração do hábito intestinal (diarreia e/ou prisão de ventre);
- dor, cólica ou desconforto abdominal;
- fraqueza e anemia;
- perda de peso sem causa aparente;
- alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas);
- massa (tumoração) abdominal
Esses sinais e sintomas são inespecífico e podem estar presentes em doenças benignas como hemorroidas, verminose, doenças inflamatórias intestinais, síndrome do cólon irritável, úlcera gástrica e outros, e devem ser investigados para seu diagnóstico correto e tratamento especifico.
Na maior parte das vezes esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se não melhorarem em alguns dias.
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Detecção precoce
A detecção precoce do câncer é uma estratégia utilizada para encontrar uma lesão pré-cancerosa ou um tumor numa fase inicial e possibilitar maior chance de tratamento bem-sucedido.
A detecção precoce pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce).
Os principais sinais e sintomas sugestivos deste câncer são:
- Sangramento nas fezes;
- Massa (tumoração) abdominal;
- Dor abdominal;
- Perda de peso e anemia;
- Mudança de hábito intestinal.
Na maior parte das vezes esses sintomas não são causados por câncer, mas é necessário investigá-los, principalmente se não melhorarem em alguns dias.
Além do diagnóstico precoce, a Organização Mundial da Saúde preconiza que os países com condições de garantir a confirmação diagnóstica, referência e tratamento, realizem o rastreamento do câncer de cólon e reto em pessoas assintomáticas acima de 50 anos, por meio do exame de sangue oculto de fezes. Caso o teste seja positivo (constate a presença de sangue), a pessoa deverá fazer um exame endoscópico (colonoscopia ou retossigmoidoscopia), que permitirá ao médico visualizar a parte interna do intestino para ver se há câncer ou pólipos que possam vir a se transformar em câncer. Ao se retirar os pólipos, se evita a própria ocorrência do câncer.
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Diagnóstico
O diagnóstico requer biópsia, exame onde um pequeno pedaço de tecido é retirado da lesão suspeita e analisado por um patologista. A retirada da amostra é feita por meio de aparelho introduzido pelo reto (endoscópio).
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Tratamento
O câncer de intestino é uma doença tratável e frequentemente curável. A cirurgia é o principal tratamento, sendo utilizada no início do tratamento quando o tumor é do cólon, ou em sequência à radioterapia e quimioterapia nos tumores de reto baixo, e compreende a retira da parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos (pequenas estruturas que fazem parte do sistema de defesa do corpo) dentro do abdome. Outras etapas do tratamento, como já referido, incluem a radioterapia (uso de radiação), associada ou não à quimioterapia (uso de medicamentos), para diminuir a possibilidade de recidiva (retorno) do tumor.
O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas.
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Acompanhamento pós tratamento
Após o tratamento, é importante realizar o acompanhamento médico para monitoramento de recidivas ou novos tumores.
Na consulta médica, o médico fará uma entrevista dirigida, além de ouvir as queixas do paciente e realizar o exame físico. Exames complementares são solicitados e incluem marcadores tumorais (exames de sangue), colonoscopia e exames de imagem (tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética).
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