Versão para população
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Estatísticas
Estimativas de novos casos: 21.230, sendo 13.340 homens e 8.140 mulheres (2022 - INCA); e
Número de mortes: 14.260, sendo 9.007 homens e 5.252 mulheres (2021 - Atlas de Mortalidade por Câncer - SIM).
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O que aumenta o risco?
- Excesso de gordura corporal (sobrepeso e obesidade)
- Consumo de álcool
- Consumo excessivo de sal, alimentos salgados ou conservados no sal
- Tabagismo
- Ingestão de água proveniente de poços com alta concentração de nitrato
- Doenças pré-existentes, como anemia perniciosa, lesões pré-cancerosas (como gastrite atrófica e metaplasia intestinal) e infecções pela bactéria Helicobacter pylori (H. pylori)
- Combinação de tabagismo com bebidas alcoólicas ou com cirurgia anterior do estômago
- Exposição a poeiras da construção civil, de carvão e de metal, vapores de combustíveis fósseis, óleo mineral, herbicidas, radiação (X e gama), ácido sulfúrico e negro de fumo. As indústrias onde há maior risco de exposição a tais agentes são as de construção civil, metalúrgica, de couro, de manufatura da borracha, mineração e agricultura. As ocupações de maior chance de exposição a estes agentes, além daquelas realizadas nas indústrias citadas anteriormente, são: engenheiro eletricista e mecânico, trabalhadores de extração de petróleo, motoristas de veículos a motor, trabalhadores de lavanderias/lavagem a seco, da indústria eletrônica e de limpeza, agricultores.
- Ter parentes de primeiro grau com câncer de estômago
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Como prevenir?
- Manter o peso corporal adequado;
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
- Evitar o consumo de alimentos salgados ou preservados em sal;
- Não fumar;
- Utilizar equipamentos de proteção individual (EPI) adequados às ocupações que podem aumentar a exposição de trabalhadores a agentes associados ao câncer de estômago pode diminuir a o número de casos deste tipo de câncer relacionado ao trabalho.
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Sinais e sintomas
Não há sintomas específicos do câncer de estômago. Porém, alguns sinais, como perda de peso e de apetite, fadiga, sensação de estômago cheio, vômitos, náuseas e desconforto abdominal persistente podem indicar tanto uma doença benigna (úlcera, gastrite, etc.) como um tumor de estômago. Durante o exame físico, o paciente com câncer pode sentir dor no momento em que o estômago é palpado.
Sangramentos gástricos são incomuns no câncer de estômago, entretanto, o vômito com sangue ocorre em cerca de 10% a 15% dos casos. Também podem surgir sangue nas fezes, fezes escurecidas, pastosas e com odor muito forte (indicativo de sangue digerido).
Massa palpável na parte superior do abdômen, aumento do tamanho do fígado e presença de íngua na área inferior esquerda do pescoço e nódulos ao redor do umbigo indicam estágio avançado da doença.
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Detecção precoce
A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar um tumor em fase inicial e aumentar a chance de tratamento bem sucedido.
A detecção pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos ou radiológicos em pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou com exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.
Não há evidência científica de que o rastreamento do câncer de estômago traga mais benefícios do que riscos e, portanto, até o momento, ele não é recomendado.
Já o diagnóstico precoce desse tipo de câncer possibilita melhores resultados no tratamento e deve ser buscado com a investigação de sinais e sintomas como:
- Massa (tumor) na parte superior do abdômen
- Dor na parte superior do abdômen
- Perda de peso e de apetite
- Refluxo e indigestão
Na maioria das vezes, esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se não melhorarem em alguns dias.
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Diagnóstico
O diagnóstico é feito pela endoscopia digestiva alta. Para realizar esse exame, o paciente recebe sedação e é aplicado anestésico na região da garganta.
A seguir, um tubo é introduzido pela boca. A endoscopia digestiva alta permite ao médico visualizar o esôfago e o estômago, além de fazer biópsias (retirada de pequenos fragmentos do tecido). O material da biópsia é enviado a um laboratório para que seja confirmado (ou não) o diagnóstico de tumor maligno e definido qual o tipo de tumor.
Caso o diagnóstico de câncer gástrico seja confirmado, geralmente é necessária a realização de tomografias computadorizadas para avaliar a extensão do tumor. Em alguns casos, quando o câncer parece ser de estágio mais inicial, pode ser solicitada ultrassonografia endoscópica (exame semelhante à endoscopia digestiva alta, em que na ponta do tubo introduzido pela garganta há um aparelho de ultrassom).
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Tratamento
Doença localizada
O câncer de estômago é considerado localizado quando está restrito ao órgão e aos gânglios linfáticos ao redor. Neste caso, o principal tratamento é a cirurgia. Durante o procedimento, o cirurgião primeiramente faz um exame visual do interior da cavidade abdominal, para verificar se não há disseminação do tumor que não foi constatada nos exames pré-operatórios. A decisão de retirar todo o estômago ou apenas parte dele depende de fatores como a localização específica do tumor, a extensão da lesão e o subtipo de câncer. Em algumas situações, como quando o tumor invade a artéria aorta, a cirurgia pode não ser possível.
A realização da quimioterapia, antes e/ou após a cirurgia, em geral, aumenta as chances de cura (exceto nos tumores mais iniciais). Em casos selecionados, também pode ser necessário o tratamento com radioterapia após a cirurgia.
Câncer inoperável ou metastático
Nas situações em que não é possível retirar o tumor com cirurgia ou em que há metástases (câncer espalhado para outros órgãos), o tratamento é paliativo. As metástases do câncer gástrico em geral estão localizadas no peritônio (membrana que recobre os órgãos digestivos e a parede interna da cavidade abdominal), fígado, pulmões, ossos, gânglios linfáticos distantes do estômago, cérebro e glândula adrenal.
O objetivo do tratamento paliativo é aliviar ou evitar sintomas, melhorar a qualidade de vida e prolongar a sobrevida. A escolha do tipo de tratamento paliativo depende dos sintomas presentes, da extensão do tumor e, principalmente, das condições físicas do paciente.
O sangramento tumoral em geral é de pequena quantidade e crônico, mas, em alguns casos, pode ser mais agudo. A avaliação médica define o tratamento necessário para cada paciente, que pode incluir: observação, medicamentos, transfusões sanguíneas, procedimentos endoscópicos ou vasculares (embolização para cessar o sangramento), cirurgia ou radioterapia paliativa.
Outros sintomas frequentes são náuseas, vômitos, caquexia e a obstrução do trânsito intestinal. Em casos mais brandos, modificações de dieta e o uso de medicamentos podem aliviar. Em outras situações, a depender da causa da obstrução e das condições físicas do paciente, a melhora pode ocorrer com quimioterapia, radioterapia, procedimentos endoscópicos ou cirúrgicos. A colocação de um cateter pelo nariz até o estômago para fazer a descompressão gástrica e a drenagem de secreção, ou mesmo a sedação paliativa, podem ser necessários em quadros clínicos mais graves.
A quimioterapia paliativa pode, em alguns casos, prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida. É importante que esse tratamento seja feito de forma simultânea ao controle dos sintomas (medidas para controle de dor, sangramento, vômitos, etc.) e do suporte psicossocial ao paciente e familiares.
Linfoma gástrico
O tratamento, que depende do tipo de linfoma e da extensão da doença, pode incluir uma ou mais das seguintes modalidades: tratamento da infecção pela H. pylori; cirurgia; radioterapia; quimioterapia; anticorpo contra linfócitos B.
GIST
O tratamento pode incluir cirurgia e uso de medicamentos via oral.
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Acompanhamento pós tratamento
O maior risco do retorno da doença, após um tratamento com intenção curativa, ocorre nos dois primeiros anos, fazendo com que nesse período as consultas ocorram a cada 3 meses. Entre o 3º e 5º ano, as consultas ocorrerão a cada 6 meses e, a partir do 5º ano, o seguimento passará a ser anual.
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