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Museu da Imprensa oferece braile a visitantes
Isso só foi possível graças à ajuda do Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais do Distrito Federal, conta o responsável pelo Complexo Cultural da Imprensa Nacional, servidor Rubens Cavalcante Júnior. Tudo começou ano passado, quando um dos amigos do Museu da Imprensa, o professor Adalberto Silva Damasceno, indicou-lhe esse destino, onde trabalha a professora Sinara Rabelo Carneiro, entusiasta dessa forma de educação inclusiva.
RECEPTIVIDADE – Ainda ano passado, em dezembro, Rubens Cavalcante Júnior visitou o Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais, que funciona na 612 Sul, e atende 312 alunos. Em contato com a diretora Ilná Hardmann de Araújo e com o vice-diretor Airton Dutra de Farias, o responsável pelo museu falou da intenção da Imprensa Nacional de verter para o Braille a informação das placas das peças do acervo e o folheto.
Demonstrando alta sensibilidade diante da necessidade do Museu da Imprensa, Ilná Hardmann de Araújo estendeu o assunto à coordenadora do Centro de Apoio Pedagógico, professora Sinara Rabelo Carneiro, que se prontificou a realizar o trabalho, solicitando apenas à Imprensa Nacional o fornecimento de papel específico para impressão em Braille.
Ontem, quarta-feira, o responsável pelo Complexo Cultural voltou àquela instituição de ensino para entregar esse papel. A professora Sinara anunciou que, no máximo, em 30 dias, o trabalho estará concluído. “Toda iniciativa que é feita para atender o aluno deficiente é importante. E essa parceria com o Museu da Imprensa é fundamental.”, acentuou a professora.
BRAILLE — O Brasil conhece essa linguagem, ou sistema, desde 1854, data da inauguração do Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro, chamado, à época, Imperial Instituto dos Meninos Cegos. Fundado por D. Pedro II, o instituto já adotava como missão a educação e profissionalização das pessoas com deficiência visual. "O Brasil foi o primeiro país da América Latina a adotar o sistema, trazido por José Álvares de Azevedo, jovem cego que teve contato com o Braille em Paris", segundo relato recente da pedagoga Maria Cristina Nassif, especialista no ensino para deficiente visual da Fundação Dorina Nowill.