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Museu da Imprensa incorpora pedra litográfica ao acervo
Durante a solenidade de comemoração dos 207 anos da Imprensa Nacional, o Museu da Imprensa incorporou uma pedra litográfica a seu acervo, doada pelo empresário Luiz Mario Guedes Villar, da Litografia Continental Eireli Ltda., de Blumenau, Santa Catarina, que foi representado por Osvaldo Luciani, vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), seccional de Santa Catarina
Antes da fotografia, reproduzir em série uma imagem não era coisa fácil. A litografia foi o caminho. Apenas 20 anos após a descoberta na Europa da tecnologia, a partir da repulsão entre água e óleo, o francês A. J. Pallière, trazido por D. João VI, fez, em 1818, nas oficinas da Impressão Régia uma estampa sobre São Sebastião. Era o primeiro trabalho feito no Brasil, cuja técnica usa como matriz uma pedra calcária, sobre a qual um desenho é produzido com um lápis gorduroso.
Sempre como protagonista da história das artes gráficas e da imprensa no Brasil, a Imprensa Nacional, então Impressão Régia, imprimiu em 1826 o primeiro livro ilustrado com estampas de figuras técnicas, produzidas na Oficina de Litografia do Arquivo Militar. Era o segundo volume do “Tratado Elementar da Arte Militar e da Fortificação”.
O processo litográfico foi criado em 1798 por Alois Senefelder, nascido em Praga. A técnica teve uma rápida disseminação, possível graças principalmente às obras publicadas pelo inventor. Richard Hollis, autor de “Design Gráfico: uma história concisa”, é categórico ao definir o surgimento da litografia como momento fundamental para a evolução do que hoje chamamos de design gráfico por começar a integrar produção artística e industrial.