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Mostra de arquitetura homenageia Imprensa Nacional
12 de setembro de 2012
A sexta edição brasiliense da mostra nacional “Morar Mais” presta uma homenagem à Imprensa, mais especificamente, à Imprensa Nacional. A sala de imprensa – leve, funcional e colorida – tem o nome de Joana França Stockmeyer, ex-servidora da Imprensa Nacional e Patrona da Servidora Pública Brasileira.
Alvo da concepção desse espaço, o Museu da cedeu treze fotos de peças de seu acervo para cobrir boa parte de uma das paredes da sala. A ideia partiu da arquiteta e urbanista Heloiza Alcoforado, após recente visita ao Museu da Imprensa.
“Morar Mais” está aberta ao público até 23 de setembro, na Casa do Candango, na 603 Sul. Reúne arquitetos, designers, decoradores e paisagistas, e, além de Brasília, tem edições em Curitiba, Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Goiânia, Rio de Janeiro, e, agora, Vitória também. O curador da mostra é William Brandão.
Espaço de novas propostas estéticas
Heloiza Alcoforado explicou que a sala de imprensa apresenta um desenho vanguardista, cujos elementos decorativos tornam visíveis não só o alinhamento com a evolução de design da mídia e também sua história. Daí, segundo ela, a importância da visita que fez ao Museu da Imprensa, após tê-lo descoberto na internet. “Aqui estão exemplos da evolução do design arquitetônico caminhando, lado a lado, com o desenvolvimento do design da mídia, da palavra”, observou. No espaço criado por ela, há além do painel de imagens de peças do Museu da Imprensa, uma série de três quadros, assinada pela artista plástica de Martinica, Beatrice Mechenger, um estudo sobre as letras A, O e I, de um poema francês.
Em uma das paredes, há a obra do artista plástico cearense Tarciso Viriato, um quadro grande, cuja mensagem remete a ideia do território do Distrito Federal. A arquiteta Heloiza Alcoforado informou que, seguindo a filosofia da mostra de defesa da sustentabilidade, inclusão social, customização e brasilidade, a sala de imprensa apresenta um trabalho manual feito pela organização não-governamental Araras Azuis, com reaproveitamento e reciclagem de 100% do material empregado em sua produção. No lado oposto da sala, dois grandes pufes, produzidos em tear manual, pelo grupo Bilé, de mulheres mineiras, vítimas de abusos.
Esse conjunto emoldura e dá leveza aos móveis do espaço – uma mesa para entrevistas coletivas, uma mesa menor para atendimento a jornalistas e um sofá. A sala oferece apoio para acesso à internet.
Concurso Museu da Imprensa
Em visita à mostra, os servidores da Imprensa Nacional, Marlei Vitorino da Silva e Rubens Cavalcante Júnior, entregaram material de divulgação da décima quinta edição do concurso nacional Museu da Imprensa de Desenho, Redação, Poesia e Monografia. Esse material vai ser distribuído ao público visitante, e, na sala de imprensa, aos jornalistas. Ao final da visita, Heloiza Alcoforado falou de seu contentamento por ter dado o nome de Joana França Stockmeyer à sala que concebeu: “O fato de ela ter sido a primeira mulher a ingressar no serviço público, pelas portas da Imprensa Nacional, é um marco muito importante para nós, mulheres.”
Cidadã exemplar
O nome e a história de Joana França Stockmeyer vieram plenamente à luz nos trabalhos para a comemoração do bicentenário da Imprensa Nacional, em 2008. Partiu da comissão, constituída pelo diretor-geral, a proposta de decreto presidencial para declará-la Patrona da Servidora Pública Brasileira, o que ocorreu em 5 de março de 2008. No longínquo 4 de janeiro de 1892, Joana França ingressou nos quadros da Imprensa Nacional. Trabalhou vários anos como monotipista. Até a aposentadoria, em 25 de julho de 1944, exerceu outras atividades, como o cargo de encadernadora. Ela nasceu na cidade fluminense de Paty Alferes, em 1876.