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Criada Associação dos Amigos do Complexo Cultural da IN
Nos 207 anos de criação da “Gazeta do Rio de Janeiro”, o primeiro jornal impresso no Brasil, foi criada a Associação dos Amigos do Complexo Cultural da Imprensa Nacional (AMI) para preservar e ampliar a memória do jornalismo brasileiro e “interagir com a comunidade”’, como definiu o diretor-geral da Imprensa Nacional, Fernando Tolentino, na solenidade realizada no Auditório D. João VI. O Complexo Cultural envolve o Museu da Imprensa, a Biblioteca Machado de Assis e o Auditório D. João VI.
Jornalistas, historiadores, professores, estudantes, e autoridades dos Três Poderes são os signatários do ato de criação da AMI, uma pessoa jurídica de direito privado. O diretor-geral da Imprensa Nacional destacou a presença e o apoio dos professores Henrique Moreira e Deia Francischetti, do UniCEUB, do servidor da Polícia Federal Emanoel Porto Alonso (que se deslocou do Rio de Janeiro especialmente para o evento) e do arquiteto José Luís Gonçalves, autor do projeto do prédio do Museu da Imprensa.
Foi lembrada também a presença de Wellington Campos, mais conhecido como Vareta, diretor da Associação Recreativa Unidos do Cruzeiro (ARUC) e de Wanderval Calaça, presidente da Associação Brasiliense de Imprensa do Distrito Federal (ABI-DF) e produtor do programa Via Brasília, que cobriu o evento. Vareta subiu ao palco para contar a história do samba enredo “Impressão Régia”, campeão do carnaval de Brasília de 1965 e primeiro título da Aruc.
TRABALHOS – A solenidade de criação da AMI, que celebrou os 207 anos da “Gazeta do Rio de Janeiro”, foi iniciada com a exibição em dois telões da logomarca da nova entidade, obra desenvolvida pela artista plástica, mestra em Comunicação e professora do UniCEUB Deia Francischetti. “Este é o primeiro patrimônio da AMI”, saudou Fernando Tolentino. Foi apresentado um estandarte com a réplica da “Relação dos Despachos”, primeiro livro impresso no Brasil.
Com traços e cores contemporâneos, a logomarca representa, por meio de abstração dinâmica, o papel-jornal sendo impresso em rotativa. A professora Deia foi aplaudida pelo público pela beleza do trabalho.
Ela mesma se encarregou de explicar sua obra, falando sobre o conceito da logomarca, seus elementos constitutivos, versões de utilização e tipia. O presidente da Comissão Organizadora Provisória da AMI, jornalista Trajano da Silva Jardim, representante do Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinproep-DF), pediu no início dos trabalhos da assembleia-geral que hoje criou a entidade, que a ata fizesse constar agradecimentos especiais à professora Deia, por seu profissionalismo e generosidade.
A secretaria dos trabalhos foi feita pelo professor Henrique Moreira, coordenador do Curso de Jornalismo do UniCEUB e responsável pela cadeira de História do Jornalismo Brasileiro. Ele destacou a importância da nova entidade para a pesquisa acadêmica.
A assembleia-geral aprovou os nomes dos membros do Conselho Consultivo e do Conselho Fiscal. No próximo dia 1º de outubro, em nova reunião, ocorrerá a eleição do Conselho Deliberativo.
207 ANOS – A “Gazeta do Rio de Janeiro” nasceu dos prelos da Impressão Régia (hoje, Imprensa Nacional) e ganhou às ruas do Rio de Janeiro de 1808 no dia 10 de setembro.. Desde 2009, a Imprensa Nacional exibe em seu saguão da entrada principal uma placa de aço com a reprodução da capa do primeiro número do jornal pioneiro.
Em seus 14 anos de existência, a “Gazeta do Rio de Janeiro” apresentou um conteúdo variado de informações, numa linha parecida à dos jornais de hoje. Ao lado dos despachos régios, estavam estampadas notícias do exterior e das províncias e também anúncios.
O último número — de um total de 1.791 edições — circulou em 31 de dezembro de 1822. Ao todo, o jornal publicou 7.494 páginas de notícias. No periódico pioneiro, trabalhou o primeiro jornalista profissional do Brasil: Manuel Ferreira de Araújo Magalhães.
A primeira edição do jornal pioneiro tinha apenas quatro páginas. A tiragem foi vendida rapidamente na casa do livreiro Paulo Martin Filho, no fim da rua da Quitanda, ao preço de 80 réis, o exemplar.
Nos primeiros quatro anos, a edição do jornal coube ao frei português Tibúrcio José da Rocha, pertencente aos quadros de servidores da Impressão Régia, órgão da Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e de Guerra.