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Discurso da ministra Anielle Franco na 7ª Marcha das Margaridas
Excelente tarde a todas as pessoas aqui presentes! Só mesmo mulheres conseguem organizar um evento como esta grandiosa 7ª Marcha das Margaridas, que reunirá em caminhada 100 mil mulheres brasileiras dos campos, das florestas, das águas, das cidades, das periferias, e ainda representantes de mais de 33 países.
Parabéns à Confederação Nacional das Trabalhadoras e dos Trabalhadores da Agricultura (Contag) pela estruturação deste encontro que não é nada trivial. Esta marcha imensa nos une num sentimento poderoso e coletivo, que é o da esperança ativa, aquela que nos move adiante. A caminhada de 100 mil mulheres aflora o sonho de pé no chão, que denuncia as violências, opressões, o racismo e o machismo entranhandos na nossa sociedade, mas se propõe a construir os caminhos da transformação, organizar estratégias para fazer a promoção de direitos ser uma realidade para todas as pessoas.
É uma honra poder estar aqui nesta nova edição da marcha, que encontra um Brasil bem diferente do que o da última edição, em 2019, quando nosso país foi sequestrado pelo fascimo. Um Brasil que recriou o Ministério da Igualdade Racial para ser política de estado, não de governo.
É uma honra marchar ao lado de cada uma de vocês, por nossas vidas, pela vida das mulheres que sustentam esse país. Por dignidade para as mulheres negras, indígenas, quilombolas, para fazer ressoar nossa agenda de existência plena como ponto de partida inegociável.
Nós vamos passar, mas as políticas que estamos construindo precisam ser efetivas para fazer a diferença na vida das pessoas.
E faremos isso juntas!