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Seminário marca o lançamento da V Conapir
Foto: Divulgação
Os conselheiros e gestores de Promoção da Igualdade Racial participaram, nesta terça-feira (26) do Seminário Nacional de Construção da V Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir), na Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal).
Com o tema “22 anos de Políticas de PIR: De onde viemos e para onde vamos”, os participantes tiveram a oportunidade de ouvir sobre justiça racial, reparação e democracia e representatividade nos poderes.
A vice-presidenta do CNPIR, Maria Duarte, acredita que a construção do seminário foi muito assertiva por ser o lançamento da V Conapir. “É uma programação muito enriquecedora, em que pudemos ouvir conselheiros de todo o país e buscamos construir uma grande conferência, alinhada com a população, os movimentos sociais e com a gestão do Ministério”, colocou.
Programação – “Democracia e Representatividade nos Poderes”, “Justiça Racial” e “Reparação”, foram os três painéis do seminário, que contou ainda com um encerramento com participação da coordenação-executiva da V Conapir, Faculdade Latinoamericana De Ciencias Sociais (Flacso) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
“Abro esse nosso [primeiro]painel falando da alegria que é podermos, durante esse seminário, apresentar os produtos que o CNPIR construiu, visando a V Conapir”, declarou a conselheira Maria Júlia, ao enfatizar o modo de fazer coletivo da próxima Conferência Nacional.
Mediador do primeiro painel, o conselheiro Afonso Junior, do coletivo Enegrecer, lembrou do contexto das políticas afirmativas. “Esses jovens estudantes negros que estão ocupando a universidade, saber que a política de ações afirmativas tem conseguido mudar a cara da universidade pública e, aos poucos, mudar a cara do serviço público, que a gente consiga ganhar mais fôlego”, disse.
Trazendo um histórico de pertencimento à primeira comunidade quilombola titulada no estado do Rio de Janeiro – Campinho da Independência – o secretário de Políticas para Quilombos, Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e Ciganos do Ministério da Igualdade Racial (MIR), Ronaldo Santos, falou da trajetória, construção e dos espaços de poder. “Ao mesmo tempo que falamos sobre essa representatividade e espaços de poder, a primeira palavra que formata essa mesa, passa a ser, em grande medida, a democracia. Todos nos constituímos dentro desse código e entendemos que é nosso principal mecanismo de proteção e convívio”, ponderou.
O secretário do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial do MIR, Clédisson dos Santos, ao se referir a um dos temas da próxima Conapir, lembrou que “democracia não é ponto de chegada, é uma construção cotidiana. Espero que esse encontro nos permita alcançar uma compreensão em torno de uma agenda de direitos que combina, concatena com a realização da V Conapir.”
A deputada Carol Dartora (PT-PR), relatora do Projeto da Lei de Cotas no Serviço Público na Câmara também falou sobre o valor que os Conselhos de Promoção da Igualdade Racial têm no país. “Lembro ainda a luta que foi para constituir espaços como esse e como a gente ainda não chegou lá”, afirmou.
Parceiros – O encontro é realizado com apoio do Governo de Alagoas, da Secretaria da Mulher e Direitos Humanos do Estado (Semudh), da Superintendência de Igualdade Racial (Supir), e de parceiros como a Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, Ciência e Cultura (OEI), Fundação Banco do Brasil, Flacso e Pnud.