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Pauta de direitos da população negra avança em Fórum internacional sobre igualdade e combate ao racismo, em Genebra
Foto: Andressa Almeida/MIR
As reuniões bilaterais realizadas pelo governo brasileiro representado pelo Ministério da Igualdade Racial no âmbito da 3a sessão do Fórum Permanente de Afrodescendentes da ONU, amplificaram a atuação do Brasil na promoção de garantias dos direitos da população negra brasileira.
Com o objetivo de compartilhar as iniciativas e políticas em cooperação e pautar acordos internacionais para combater o racismo multilateralmente, as reuniões foram celebradas com representantes dos governos dos Estados Unidos e da Colômbia, num reforço dos laços históricos e de cooperação entre os países.
Na última terça-feira (16), a ministra Anielle Franco teve reunião com a Alta Comissária Alterna das Nações Unidas para Direitos Humanos, Nada Al - Nashif e apresentou a agenda de igualdade racial desenvolvida pelo MIR no último ano, com especial referência ao Programa Juventude Negra Viva. A ministra apontou a possibilidade da realização de uma sessão do Fórum de Direitos Humanos no Brasil e recebeu uma versão do manual sobre como efetivamente implementar o direito de participar dos assuntos públicos: um destaque as pessoas afrodescendentes.
O segundo encontro do dia foi com representante da equidade racial e justiça dos Estados Unidos, Desirée Cormier Smith, e teve como pauta a retomada do Plano de Ação Conjunta entre o Brasil e os Estados Unidos para Eliminar a Discriminação Racial e Étnica e Promover a Igualdade (JAPER), a importância e legitimidade da sociedade civil, a reparação histórica e outras demandas enfrentadas pelo Brasil no combate à violência que atinge a população negra.
Para a ministra, essas bilaterais estabelecem um mecanismo de cooperação horizontal que implementa aspectos sociais, econômicos e políticos dos países para que assegurem as oportunidades de direitos ao povo negro. “Estar na linha de frente, como os meus estiveram em um passado recente, para mim é uma honra. O governo brasileiro tem construído esse reconhecimento de respeito e valorização das identidades afrodiaspóricas no Brasil e no mundo. E é pra isso que a gente trabalha e vamos continuar lutando”, pontua.
A extensa agenda de compromissos encerrou com o encontro com Ana Margarita González, gerente de justiça étnico-racial da vice-presidência da Colômbia, para tratar dos desafios das populações afrodescendentes na América Latina e como os dois países podem seguir trabalhando juntos.