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MIR vai a Nova York pleitear continuidade da Década Internacional dos Afrodescendentes
A Secretária de Políticas de Ações Afirmativas, Combate e Superação do Racismo, Márcia Lima, participou da reunião de encerramento da Década Internacional dos Afrodescendentes, na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova York. Em sua participação ela reafirmou o pioneirismo do Brasil no combate ao racismo, na implementação de ações afirmativas e na construção de políticas de promoção da igualdade racial. Além de destacar a importância da continuidade do compromisso da agenda da Década Internacional para os próximos anos.
“Conforme avançamos, fica claro que os esforços que iniciamos na Primeira Década Internacional dos Afrodescendentes devem continuar. A luta pela igualdade racial, a abolição do racismo e a erradicação da xenofobia são lutas constantes que requerem o esforço de todas as pessoas, em todas as fronteiras.”, afirmou a secretária Márcia Lima durante um de seus discursos no evento.
A reivindicação de uma Segunda Década Internacional dos Afrodescendentes a partir de 2025 visa dar continuidade aos projetos já firmados e multiplicar os avanços alcançados na luta contra o racismo. O governo brasileiro se comprometeu diretamente com a agenda e trabalhou para garantir os direitos da população negra, com destaque ao Plano Juventude Negra Viva – maior pactuação de políticas voltadas à juventude negra da história do país. Dentre outras atuações, estão as ações no âmbito da educação através do Caminhos Amefricanos: Programa de Intercâmbios Sul-Sul e Programa Beatriz do Nascimento de Mulheres na Ciência.
O encontro de encerramento, dividido em três painéis de debate, discutiu temas ligados ao reconhecimento, a justiça e o desenvolvimento. Ele contou ainda com a participação de Estados-membros e observadores da Assembleia Geral das Nações Unidas, organizações regionais e internacionais e representantes de organizações não-governamentais. A reunião teve o objetivo de analisar o programa de atividades implementado na Década Internacional do Afrodescendente e, a partir desse balanço, identificar desafios e medidas a serem tomadas para fortalecer e proteger os direitos humanos dos afrodescendentes pelas próximas décadas.
“Não é suficiente reconhecer a existência dessas práticas discriminatórias; devemos combatê-las ativamente. Precisamos continuar a reivindicar a inclusão e a igualdade em todos os níveis da sociedade, de modo a garantir que os mais vulneráveis não sejam abandonados.”, afirmou a secretária Márcia Lima.
A agenda incluiu a análise da implementação da Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial e das recomendações da Declaração e Programa de Ação de Durban. Estes documentos formam a base de um pacto global que visa assegurar a igualdade de oportunidades e a justiça para as comunidades afrodescendentes.