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MIR realiza evento em prol da Igualdade Racial na UFMA
Foto: Ingrid Trindade/UFMA
O Ministério da Igualdade Racial (MIR) promoveu, nesta quinta-feira (21) o evento "Brasil pela Igualdade Racial: Memória, Respeito e Direitos", na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). A programação, realizada em homenagem ao Mês da Consciência Negra, destacou o lançamento do edital 2025 do Caminhos Amefricanos, do Índice de Vulnerabilidade da Juventude Negra e de uma nova pesquisa do Observatório Amefricanidades.
A secretária Nacional de Políticas de Ações Afirmativas, Combate e Superação do Racismo, Márcia Lima, representou o MIR no evento. Ao recepcionar os intercambistas do programa Caminhos Amefricanos, ressaltou a importância de ter uma nova geração comprometida com a equidade racial. “Isso é um aspecto fundamental do nosso trabalho no programa: desconstruir uma ideia preconceituosa, negativa, dos países do continente africano e conhecer melhor nossa história, a história da Amefricanidade”, colocou.
Também estiveram presentes na cerimônia, o reitor da UFMA, Fernando Carvalho; o secretário de Igualdade Racial do Maranhão, Gerson Pinheiro; a representante do Fundo de População das Nações Unidas no Brasil, Florbella Fernandes; gerente adjunto da Unidade de Empreendedorismo Feminino, Diversidade e Inclusão do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Sebrae, Eraldo dos Santos; a vice-prefeita de São Luís (MA), Esmênia Miranda; a diretora-geral do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, Criciele Muniz; além de outros representantes do governo estadual e da Universidade, lideranças do movimento negro e da sociedade civil, que compuseram a mesa de parceiros dedicados à construção de um país menos racista.
Caminhos Amefricanos 2025 – Em continuidade ao programa de intercâmbio Sul-Sul, o Ministério anunciou, durante o evento, o edital das edições Angola, Peru e República Dominicana. A seleção contempla estudantes que se autodeclarem como pessoas pretas, pardas e/ou quilombolas e que estejam regularmente matriculadas a partir do 5º semestre dos cursos de licenciaturas de Instituições de Ensino Superior públicas. Também podem participar profissionais da educação que se autodeclarem como pessoas pretas, pardas e/ou quilombolas e que atuem na educação básica das redes públicas de ensino. Também ao longo de 2024, professores e estudantes brasileiros viajaram para Moçambique, Colômbia e Cabo verde para pelo programa.
Índice de Vulnerabilidade da Juventude Negra à Violência – Durante o evento, o Ministério da Igualdade Racial, em parceria com o Banco Mundial e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, lançou o Índice de Vulnerabilidade da Juventude Negra à Violência, que tem a finalidade de mensurar os números que dialogam com a realidade desta juventude. Ele considera informações relacionadas à educação, mundo do trabalho, vulnerabilidades sociais e violência letal.
O índice proporciona a avaliação das políticas destinadas à juventude negra, permitindo a manutenção e/ou correções necessárias para a redução das vulnerabilidades sociais e da violência letal que afetam esta população, com fins na redução dos efeitos do racismo estrutural.
Observatório Amefricanidades – O Ministério lançou ainda, a pesquisa do Observatório Amefricanidades. A publicação visa promover o diálogo entre os países do Sul Global e sistematizar a socialização de conhecimentos que contribuam para o combate ao racismo no Brasil.
A pesquisa é dividida entre dois eixos: No primeiro, estão os dados sobre acordos de cooperação entre universidades brasileiras e países dos diferentes continentes, ações de combate ao racismo em instituições públicas e políticas de permanência da juventude negra nas universidades. O segundo eixo diz respeito à realização de cursos on-line, intercâmbios e a publicação de e-books.
Memorando de Entendimento com a FLACSO – Na ocasião, o Ministério firmou um Memorando de Entendimento com a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO) para ações de cooperação na área de combate ao racismo e promoção da igualdade racial. A parceria envolve a realização de intercâmbios, eventos, capacitações e divulgação do conhecimento resultante da parceria.
ACT SEBRAE – Durante o evento, o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o Sebrae também foi ampliado visando inovação nas políticas públicas de promoção do empreendedorismo e os impactos do afroempreendedorismo na gestão pública e na economia dos pequenos negócios.