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MIR lança Índice de Vulnerabilidade da Juventude Negra à Violência
Foto: Maíta Alves
O Ministério da Igualdade Racial, em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Banco Mundial e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), desenvolveu o Índice de Vulnerabilidade da Juventude Negra à Violência (IVJ-N 2024). Essa ferramenta analítica tem como objetivo monitorar a vulnerabilidade da juventude negra e auxiliar na avaliação de indicadores, além de contribuir para a elaboração de novas políticas públicas.
No âmbito do Plano Juventude Negra Viva, o índice avalia dimensões como mortalidade, acesso à educação, emprego e renda, e desigualdade, oferecendo subsídios para ações voltadas à redução das vulnerabilidades sociais e da violência letal que afetam essa população.
“Estamos muito orgulhosos desse trabalho. O lançamento do IVJ-N 2024 demonstra o empenho do Ministério da Igualdade Racial em formular políticas públicas para a juventude negra baseadas em dados, além de reforçar nossa atuação transversal em busca de justiça social para essa parcela da população”, afirma a secretária de Políticas de Ações Afirmativas, Combate e Superação do Racismo, Márcia Lima.
Esta edição se distingue das anteriores ao adotar um enfoque exclusivo na juventude negra, construindo um indicador específico das condições reais vividas por esses jovens no país. Segundo o diretor de Políticas de Combate e Superação do Racismo, Luiz Bastos, “a existência de um índice específico que mensura múltiplas dimensões da vida da juventude negra permite que as políticas destinadas a essa população estejam cada vez mais alinhadas à transformação das realidades de vulnerabilidade que afetam essa juventude.”
O IVJ-N ainda contribui para o monitoramento de dados que fundamentam políticas públicas, como a implementação do Plano Juventude Negra Viva e de outros programas voltados ao combate ao racismo no Brasil.
PJNV - O Plano Juventude Negra Viva é um marco na participação social e integrou as demandas de cerca de 6 mil jovens negros(as) ouvidos em caravanas participativas realizadas em todos os estados do Brasil e no Distrito Federal. A iniciativa visa adequar políticas públicas à realidade da juventude negra, que representa 23% da população brasileira e enfrenta desafios estruturais impostos pelo racismo e pela desigualdade.