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MIR e CAPES divulgam resultado final do Programa Caminhos Amefricanos - Edições Colômbia e Cabo Verde
Maíta Alves
Nesta terça-feira (08), o Ministério da Igualdade Racial e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), divulgam o resultado final dos selecionados para a segunda e terceira edições do Caminhos Amefricanos: Programa de Intercâmbios Sul-Sul. O segundo edital do Programa selecionou 50 estudantes que terão como destino a Universidade de Cabo Verde (UniCV) e 50 professores vão dialogar diretamente com a Secretaría de Educación del Distrito de Bogotá, na Colômbia.
Nesta edição, recebemos inscrições de 230 candidatos para Cabo Verde. Os selecionados são estudantes quilombolas ou autodeclarados pretos ou pardos matriculados a partir do 5º semestre dos cursos de licenciatura de Instituições de Ensino Superior (IES) públicas. O intercâmbio com destino a Cidade da Praia, em Cabo Verde, ocorrerá entre os dias 2 e 16 de dezembro.
Para a Colômbia, foram registradas 254 inscrições. Os selecionados são professores da educação básica de escolas públicas que se autodeclaram pretos, pardos ou quilombolas. Outros requisitos estão detalhados no edital. Com destino a Bogotá, os professores viajam para realizar o intercâmbio de curta duração entre os dias 4 e 18 de novembro.
"O Programa possibilita intercâmbio cultural e acadêmico para os bolsistas e as Universidades que os recebem. Está edição é mais um passo que firma a importância do Caminhos Amefricanos na cooperação Sul-Sul e também na formação de jovens estudantes e professores.” afirma a secretária de Políticas de Ações Afirmativas, Combate e Superação do Racismo, Márcia Lima.
As pessoas selecionadas receberão ajuda de custos para deslocamento, emissão do passaporte, solicitação de visto de entrada, diárias e seguro saúde. Durante o intercâmbio vão participar de ações formativas, além de visitas a escolas, locais históricos e museus. Além disso, vão participar de um curso on-line obrigatório sobre a História e Cultura Afro-Brasileira e de Cabo Verde ou da Colômbia, o qual deve ser realizado antes do intercâmbio.
Neste primeiro ano do Programa, já foram contemplados 50 estudantes que se autodeclaram como pessoas pretas, pardas ou quilombolas dos cursos de licenciatura de IES públicas. A primeira turma foi à Universidade Pedagógica de Maputo, onde participaram de diversas atividades, incluindo conferências e mesas de debate.
O resultado pode ser consultado aqui.
Sobre o Programa
O Programa é fruto de uma parceria entre o Ministério da Igualdade Racial (MIR), o Ministério da Educação (MEC) e a CAPES e tem como objetivo o combate ao racismo e à desigualdade racial através de intercâmbios de curta duração (15 dias) entre países do Sul. A partilha de experiências e de estratégias antirracistas entre estudantes trará insumos para a construção de novos campos de debate e políticas públicas mais plurais. A cada ano haverá um intercâmbio entre o Brasil e três diferentes países africanos, latino-americanos ou caribenhos. Para 2025, há previsão que os intercâmbios sejam realizados em Angola, no Peru e na República Dominicana.