Notícias
MIR debate extermínio da população negra e segurança pública no XLII Encontro Nacional de Estudantes de Direito
Foto: Eron Jr.
Na manhã da última quarta-feira (10), o diretor de Políticas de Combate e Superação do Racismo, Yuri Silva, representou o Ministério da Igualdade Racial (MIR) no painel “Extermínio da população negra e segurança pública no Brasil”, no XLII Encontro Nacional de Estudantes de Direito (ENED), realizado pela Federação Nacional de Estudantes de Direito, na Universidade Estadual da Bahia, em Salvador.
Compondo a mesa do painel “Extermínio da população negra e segurança pública no Brasil”, o diretor Yuri Silva destacou a importância do debate e atuação do MIR na pauta. “É fundamental debater a pauta de segurança pública na perspectiva racial e de garantia de direitos, apontando para o dever de uma outra política de segurança possível que tenha o elemento racial como elemento organizador dessa política, no sentido de cuidar da vida da população negra, de proteger a vida da população negra”, disse.
O diretor ainda reforça que “o MIR tem atuado ativamente pra construção de políticas públicas que garantam os direitos da população negra. O Plano Juventude Negra Viva, a ser lançado em breve, é uma dessas ações de garantia que envolve 18 ministérios do governo, e que contou com a participação de diversos ativistas e militantes na sua elaboração, por meio das caravanas estaduais. Acreditamos que segurança pública perpassa também pelo acesso à assistência social, à educação, à cultura e à valorização do território e das formas de manifestação de cultura, por exemplo”.
O Presidente da FENED, Igor Corrêa, afirma que em 42 edições do Encontro Nacional dos Estudantes de Direto, é a primeira vez que o evento recebe um representante de um órgão federal. “Era algo que não existia nos últimos encontros, a gente nunca teve a presença de qualquer outro ministério e ter esse ministério, que é fundante para o projeto que está sendo colocado pelo presidente Lula a partir dessa eleição, para a gente é de importância quase que estatutária, a partir de agora, querer a presença do governo junto com a gente para que a gente consiga fazer essas reformulações de base não só na entidade, mas nas nossas políticas que a gente toca regularmente”, conta.
Durante o evento, marcado por rostos, lutas, vivências e resistências de estudantes de direitos e ativistas de movimentos sociais e de juventude, foram abordados assuntos que fazem parte do cenário jurídico-social. Prestes a ser a primeira aluna trans a se formar no curso de direito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Olívia Medeiros, 28 anos, avalia a participação do MIR no evento. “É fundamental que o governo, nesse caso, o Ministério da Igualdade Racial, esteja presente nesses espaços, pois reflete que é um governo que está aberto ao diálogo, à crítica, à escuta e construção coletiva”, pontua.