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MATRIZ AFRICANA
MIR apresenta contribuições das religiões de matriz africana para pensar soluções para o meio ambiente na COP28
Foto: Vinicis Martins/Alma Preta
Pensar e discutir as maneiras como a fé e as expressões religiosas em sua diversidade podem contribuir para o debate sobre justiça climática. Esse era o objetivo do painel Religião e espiritualidade como elementos fundamentais para a garantia de justiça climática, promovido pelo Instituto de Estudos da Religião (ISER), no último dia 8, durante a COP28.
Luzi Borges, diretora de políticas para povos e comunidades de matriz africana e de terreiros participou do momento e apresentou as ações do Ministério da Igualdade Racial voltadas para os povos tradicionais de matriz africana e as contribuições das formas de pensar dessas comunidades para a preservação do meio ambiente.
“Como dizem os povos de terreiro ‘kosi ewê, kosi orixá’, ou seja, sem folha não tem orixá e sem orixá não existe folha. A preservação do ambiente para nós de terreiro é algo muito importante, então não existe espiritualidade sem essa conexão. Pensar também a partir desse lugar, que ecologicamente nós defendemos a natureza”, disse a diretora.
Luzi apresentou, ainda, as ações que vêm sendo desenvolvidas pelo ministério para este grupo religioso e anunciou a criação do programa de enfrentamento ao racismo religioso, em desenvolvimento pela pasta.
Também participaram do painel o frei Eduardo Agosta Scarel, representante da igreja Católica; Ronilso Pacheco, do ISER, e Selma Dealdina, candomblecista e coordenadora da Coordenação Nacional de Quilombos, a Conaq.