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MIR apoia com R$ 1.5 milhão projetos contemplados pelo Edital Mãe Gilda de Ogum
- Foto: Sergio Velho Junior - Fiocruz Brasília
O Ministério da Igualdade Racial assinou nessa terça-feira (03), em Brasília, os termos de acordos dos 30 projetos contemplados no Edital Mãe Gilda, ação em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com o objetivo de fornecer suporte financeiro que totaliza R$ 1,5 milhão a projetos que promovam a valorização e o desenvolvimento sustentável dos povos e comunidades tradicionais de matriz africana e de terreiros por todo o território brasileiro.
O edital concederá até R$ 50 mil para cada um dos 30 projetos aprovados em cada linha de atuação: economia de axé, cultura dos povos de terreiros e comunidades de matriz africana e agroecologia.
Na mesa de abertura, a ministra Anielle Franco saudou a ancestralidade e trajetória de algumas importantes referências nacionais, como Mãe Bernadete, Mãe Aninha e Mãe Estela e destacou a diversidade e sustentabilidade dos projetos contemplados. “Estar aqui hoje lançando esse edital também é um pequeno passo para uma justa reparação após um processo longo de criminalização no Brasil”.
Para o secretário nacional de Políticas para Quilombolas e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, Povos de Terreiro e Ciganos, Ronaldo dos Santos; a assinatura do edital é um instrumento significativo de enfrentamento ao desmonte da democracia e das institucionalidades. “Quando o MIR retoma as perspectivas e construções dessa agenda, queremos ir além, superar esse passivo que existe pelo racismo estrutural e religioso. O MIR é transversal, nosso papel é incidir, que outros ministérios possam se juntar e nos auxiliar a dar capilaridade à essas políticas. Esse é o lugar que nosso povo tem construído com suor e ancestralidade”, finaliza
Também estiveram presentes a Diretora de Povos de Matriz Africana e Povos de Terreiro do Ministério da Igualdade, Luzi Borges, e equipe, Representando a Fiocruz, estavam presentes a diretora Fabiana Damásio; a vice-diretora, Denise Oliveira e Silva e coordenador de Relações Institucionais, Valber Frutuoso; a coordenadora da Fundação para Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec), Yonara Castro.
Edital Mãe Gilda de Ogum - é uma iniciativa pioneira, que visa fomentar e valorizar as tradições destes povos e comunidades, reconhecendo a importância de preservá-las e promovê-las na sociedade brasileira.
De acordo com o decreto presidencial 6040/2007, são considerados povos e comunidades tradicionais os grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição.
Os projetos contemplados no Edital Mãe Gilda de Ogum são:
1. Pelo projeto Axé Criativo: Empreendedorismo, Cultura e as Raízes do Corpo Ancestral, o representante Coletivo Vieses do Ser;
2. Pelo projeto Economia do Axé - vestindo o sagrado e impactando vidas, o representante Instituto da Mulher Negra Mãe Hilda Jitolu;
3. Pelo projeto Terreiro Axe Opo Aganju,memoria acervo e preservacao das tradicoes culturais, o representante Sociedade Beneficente Ilê Axé Opô Aganju;
4. Pelo projeto Trancas Artesanato e culinária Afroindentitarias, o represente Ong Ile Funfun Ase CECEJI
5. Pelo projeto Yás na Agroecologia: Cultivando tradições e sustentabilidade, o representante Associação Cultural e Beneficente Cosme e Damião
6. Pelo projeto Moda Afrodiásporica: ancestralidades ao século21, o representante Centro Espírita Egbe Ile Iya Omidaye Ase Obalayo
7. Pelo projeto Igbo Oogun Floresta de Remedios, o representante Instituto Brasileiro Sou Eu
8. Pelo projeto Omodé: de grão em grão se faz a tradição, o representante Associação cultural em tempos de ayoká
9. Pelo projeto Ofó - Papo de Curimba "Mulheres Negras e (re)Existência", o representante Centro Cultural de Tradições Afro Brasileiras Ylê Asé Egi Omim
10. Pelo projeto ZIMEWANGA - Circuito Makota Valdina, o representante Fórum de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Matriz Africana (FONSANPOTMA);
11. Pelo projeto Associação Afro Brasileira Casa do Mensageiro Terreiro Ilê Axé Ojisé Olodumare, o representante Ni ife omi amor as aguas – Uma comunidade que projete o rio
12. Pelo projeto Eko Pẹlu Ijó Omi: Aprendendo com a dança das Águas, o representante Egbé Ypò Órun;
13. Pelo projeto Águas de Oxalá – Ensinando Cultura e Religião Afro-brasileira na Samambaia DF, o representante Associação Beneficente Kwe Oya Sogy
14. Pelo projeto Ilê Asé Iya Oju Omi - Feira de Arte, Moda e Diálogos Afro culturais, o representante Associação Cultural Bantu Brasil;
15. Pelo projeto IRANTI-Tambor de mina e candomblé do Maranhão por Mãe Kabeca de Xangô, representante Casa Fanti Ashanti;
16. Pelo projeto Empoderamento Econômico das Mulheres da Pedreira: Fortalecendo a Economia do Axé, o representante Instituto Cultural Nagô AfroBrasileiro
17. Pelo projeto Costurando Saberes e Fazeres Ancestrais, o rrepresentante Instituto Mancala;
18. Pelo projeto Jardim EcoMedicinal dOssaim, o representante Associação Cultural Casa das Artes
19. Pelo projeto Khubata, Laboratório de Desenvolvimento Sustentável para Comunidades de Terreiro, o representante Nzo Casa da Aroeira;
20. Pelo projeto Tecer Axós, Tecer Axés, o representante Associação Sociedade Seguidores de São Gerônimo
21. Pelo projeto Quintal Agroecológico Xwê Ná Sin Fifá, o representante Templo de
Tambores de Mina Jeje-Nagô Xwê Ná Sin Fifá
22. Pelo projeto Além das Tranças ,o representante ILE OXUM OMINIBU
23. Pelo projeto Caminho das folhas cultivando a ancestralidade encantada, o representante Casa de Axé Iansã das Águas de Fogo – Ilê Asé Oyá Inã Omi
24. Pelo projeto Tambores da Magia: Dialogando com a Ancestralidade, o representante Associação Ilê Asé Danadana
25. Pelo projeto MULHER TAMBOR - O TEMPO MOSTRA INDÍGENAFRO LATINOAMERICANA E CARIBENHA, o representante Laboratório de Intervenção Artística-Laia
26. Pelo projeto PARAOPEBA VIVE, o representante Terreiro Caminhos de Ogum;
27. Pelo projeto Cultura e Economia: Capacitação para Mulheres de Axé, o representante Alamoju Centro De Cultura E Pesquisa
28. Pelo projeto FARMÁCIA VERDE - ERVAS MEDICINAIS E SABERES TERAPÊUTICOS DE TERREIRO, o representante Comunidade da Compreensão e Reestauração Ilê Asé Osun Omi Ire
29. Pelo projeto Moda de Terreiro - Respeitando o saber ancestral de cada tradição, o representante Ilê Omolu Oxum
30. Pelo projeto Ẹgbẹ́ọ̀nà ìmọ̀- Encruzilhada de Saberes na Rota dos Terreiros de
Itacaré, o representante Terreiro Sítio das Matas