Notícias
Ministra Anielle Franco intensifica agenda brasileira pela Igualdade Racial no Fórum Permanente de Afrodescendentes da ONU
Foto: Lucas Castor
No discurso realizado nesta terça-feira (16), na abertura da 3a sessão do Fórum Permanente de Afrodescendentes da ONU, em Genebra, a Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, destacou a importância do fortalecimento da memória e da história da população negra como caminhos de desenvolvimento coletivo para justiça, igualdade e democracia.
Ao vocalizar a disposição do Brasil para viabilizar com força da união das nações a proclamação de uma segunda Década Internacional de Pessoas Afrodescendentes para o período de 2025 a 2034, foi aplaudida de pé por representantes de instituições de direitos humanos e da sociedade civil presentes. “É o caminho mais concreto para garantir continuidade e o aprofundamento de medidas nacionais, regionais e internacionais pelos direitos econômicos, sociais, culturais, civis e políticos de pessoas afrodescendentes”, discursou.
Anielle Franco também resgatou a criação do MIR e do papel pioneiro retomado pelo Brasil na defesa nacional e internacional do direito, justiça e igualdade para a população negra. Avançar globalmente nesta agenda é essencial, comentou. “Esta é uma janela de confluência histórica: oportunidade, disposição e interesses políticos podem mover o mundo num impulso significativo pela edificação consciente de um mundo mais justo”.
Representantes da bancada negra no evento, recepcionaram a comitiva brasileira do Ministério da Igualdade Racial no Fórum e se colocaram para articular e firmar parcerias a nível internacional para a promoção da igualdade racial e combate ao racismo.
Bilaterais e arte negra – A agenda da comitiva contou com a realização de reuniões bilaterais e de articulação entre lideranças com o objetivo de firmar acordos de promoção da igualdade racial entre países e com a participação na abertura da primeira exposição de arte contemporânea, realizada durante uma sessão do Fórum Permanente da ONU.
No dia anterior ao início do Fórum, a comitiva visitou a exposição Atlântico Vermelho, coletânea de obras que apresenta o trabalho e celebra a riqueza cultural de 22 artistas afrodescendentes brasileiros de diferentes regiões do país, ampliando vozes historicamente marginalizadas, com 63 obras, como fotografias, esculturas e pinturas com imagens pensadas sobre a diáspora negra.
Organizada pelo Instituto Luiz Gama, ONG Paramar e o Instituto Guimarães Rosa, a mostra está sendo realizada em um dos espaços mais nobres da ONU, no mezanino ao lado da Sala do Conselho de Direitos Humanos e da Aliança das Civilizações.