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Ministra Anielle Franco entrega homenagem no Encontro Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e Terreiros
Foto: Walisson Braga/MIR
O Ministério da Igualdade Racial realizou nos dias 21 e 22 de março, no Hotel San Marco, em Brasília, o Encontro Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e Terreiros – Do acesso aos direitos à efetivação de políticas públicas.
Elaborado pela Secretaria de Políticas para Quilombolas, Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, Povos de Terreiros e Ciganos, o evento contou com uma rica programação com cortejos, homenagens, lançamento de livros, apresentações de afoxé e mesa de debates entre governo, sociedade civil, autoridades tradicionais e parlamentares.
A Ministra Anielle Franco no cumprimento de defesa das religiões de matriz africana e do combate ao racismo religioso, fez questão de estar presente no evento para dar boas vindas e lembrar o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, celebrado na última quinta-feira, 21 de março.
Na ocasião, a ministra Anielle Franco entregou ao ogã Marcos Rezende, uma homenagem ao terreiro tombado Ilê Axé Oxumarê, localizado Salvador/Bahia, liderado por Silvanilton da Encarnação da Mata, mais conhecido como Baba Pecê de Oxumarê.
Para um auditório repleto de mães, pais de santo e outros iniciados na tradição e vínculos do Candomblé, Anielle Franco compartilhou o trajeto do trabalho árduo que o Ministério da Igualdade Racial tem realizado no combate à intolerância religiosa e ao genocídio de jovens negros. E destacou a importância da população negra e de religiosos de matriz africana ocuparem e permanecerem em todos os espaços sociais.
“Por mais que insistam em dizer que esse lugar não é para a gente, estamos batalhando para permanecer. O Ministério da Igualdade Racial tem um compromisso com cada um e cada uma de vocês, em não só falar de morte, mas sim falar da extensão de direitos e de políticas públicas que nossa população merece”, ressalta.
Mãe Nilce de Iansã, coordenadora da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (Renafro) destaca a necessidade urgente de fortalecimento e promoção da saúde da população negra. “O racismo religioso é determinante social para a saúde do povo de axé. Estou muito feliz por ocupar esse espaço, mas que tenhamos mais acessos a ferramentas governamentais como esta, com o objetivo de proteger o nosso povo. Axé!”, destaca.
Também participaram do evento, a deputada federal, Érica Kokay; o presidente da Fundação Cultural Palmares, João Jorge; o filósofo, doutor e professor da Universidade de Brasília, Wanderson Flor do Nascimento e os deputados distritais Fábio Félix e Chico Vigilante.