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Ministério da Igualdade Racial realiza encontro com movimentos negros do Centro-Oeste
Foto: Rithyele Dantas/MIR.
O Ministério da Igualdade Racial se reuniu, na tarde desta sexta-feira (23), com representantes dos movimentos negros da região Centro-Oeste.A ministra Anielle Franco e toda a equipe de secretárias e secretário do Ministério participaram do encontro que apresentou os passos que o MIR tem dado desde janeiro.
No início de sua fala, a ministra Anielle Franco apresentou os primeiros meses de gestão da pasta e os prioridades estabelecidas pela equipe. "Elencamos logo no começo do ano as nossas prioridades. Com a fome, genocídio da Juventude Negra, Educação, questão quilombola e a saúde da população negra", detalhou. "Com muito respeito, emoção e responsabilidade temos os seis meses desde trabalho que sabemos que não é o suficiente para acabar com o racismo, mas é o nosso papel", disse.
A secretária-executiva, Roberta Eugênio, resgatou a importância dos movimentos negros para a conquista do MIR em 2023. "Todos aqui são parte da construção desse ministério. O MIR só existe porque os movimentos negros estão em marcha desde as tragédias do tráfico transatlântico", disse ela.
O encontro contou com a participação de movimentos de forma presencial e online, e teve a presença de militantes históricas do Movimento Negro, como Lydia Garcia e Vilma Reis. Em sua fala, Vilma citou Luiza Bairros, ex-ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e destacou que “quando são feitas políticas para igualdade racial, também fazemos política para todo um povo”.
A secretária de Políticas de Ações Afirmativas e Combate e Superação do Racismo, Márcia Lima, apresentou a secretaria e disse que principal missão da Diretoria de Ações Afirmativas, neste momento, "tem sido cobrar a diversidade racial dentro da administração federal". Ela também lembrou a aprovação do decreto que determina que 30% das vagas dos cargos comissionados do governo federal sejam ocupadas por pessoas negras. "Foi uma vitória histórica. O que conseguimos com esse decreto foi muito transformador", avaliou.
Iêda Leal, secretária de gestão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir), reforçou o papel estratégico que a secretaria tem no diálogo com estados e municípios. "Nós somos as pessoas que vamos fortalecer a possibilidade concreta de ação nos municípios pela igualdade racial. Concretamente estamos realizando grandes sonhos e pensamentos de pessoas que estão em todo o Brasil", disse ela.
Responsável pela Secretaria de Políticas para Quilombolas, Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, Povos de Terreiros e Ciganos, Ronaldo dos Santos apresentou as principais ações de sua pasta. A agenda nacional de titulação e o PGTAQ, Plano de Gestão Territorial e Ambiental Quilombola, estão entre elas, assim como o combate ao racismo religioso e a elaboração de políticas para povos tradicionais de matriz africana.
"No pacote pela igualdade racial, em 21 de março, foi criado o GT de enfrentamento ao racismo religioso, que já foi instalado e está trabalhando. Paralelo ao GT teremos os encontros regionais caminhos abertos, a começar pelo dia 20 de julho na cidade de Salvador", anunciou.
Participam do encontro, as organizações: ATRACAR; Articulação Nacional de Psicólogas(os) Negras(os) e Pesquisadoras(es) - ANPSINEP; Movimento Negro Unificado (MNU); Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB); Educafro; União de Negros pela Igualdade (UNEGRO); Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso (IMUNE MT); Centro de Referência Negra Lélia Gonzáles; Rede Emancipa; Coletivo de Mulheres Negras Baobá; Quilombo Aéreo; Quilombo Mesquita; Coletivo Luta; Ilê Odê Axé Opô Inle; Instituto Nacional Afro Origem; Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB/UnB); Fundação Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA); o Movimento Negro de Rondonópolis; e o Fórum de Mulheres Negras de MT.
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