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Ministério da Igualdade Racial realiza a Caravana Participativa do Plano Juventude Negra Viva no Rio de Janeiro
Foto: Luna Costa
A Caravana Participativa chegou à cidade maravilhosa na última terça-feira (20) para construir, de forma coletiva, o Plano de Juventude Negra Viva (PJNV). A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, a secretária de Políticas de Ações Afirmativas, Combate e Superação do Racismo do Ministério da Igualdade Racial, Márcia Lima, e o diretor de Políticas de Combate e Superação do Racismo, Yuri Silva, acompanharam o encontro que está sendo realizado no Circo Crescer e Viver, em Cidade Nova, Rio de Janeiro.
Na abertura da Caravana, a ministra reforçou os objetivos do evento e afirmou que a juventude negra deve ter o direito de falar por si. “Nós estamos rodando o Brasil inteiro pra construir o plano e assim avançar para que os jovens negros - sobretudo nas favelas - tenham direito à futuro, à educação, cultura, esporte e tantas outras coisas. Quem sabe da favela, são os favelados. Quem sabe da universidade, são os professores e alunos. Quem sabe da juventude negra, são os jovens negros vivos”.
A voz da juventude negra, exposta em meio a expressões culturais, demandas e propostas deram tom à escuta ativa que tem sido promovida durante as etapas da Caravana do PJNV nos estados. O encontro no Rio se encerra nesta quarta-feira (21).
A secretária Márcia Lima destaca que “o Plano Juventude Negra Viva é um programa que reflete transversalidade, uma vez que, diante do objetivo de reduzir a letalidade entre jovens negros de todo o Brasil, ele ainda perpassa por políticas nas áreas de educação, saúde, geração de emprego e renda, entre outras”.
O primeiro dia da ação contou, ainda, com a participação do secretário Nacional de Juventude da Secretaria Geral da Presidência da República, Ronald Sorriso, da secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Rosangela Souza, do coordenador de Juventude da Secretaria de Estado de Juventude e Envelhecimento Saudável, José Renezito, do secretário da Casa Civil da Prefeitura do Rio de Janeiro, Eduardo Cavaliere, do secretário Municipal de Juventude do Rio de Janeiro, Salvino Oliveira, do coordenador Executivo de Promoção da Igualdade Racial, Yago Feitosa, da vereadora Licenciada e Secretária Municipal de Meio-Ambiente e Clima, Tainá de Paula, do vereador, ex-Deputado Federal e Ex-Ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, do representante da Relações Estratégicas da Federação de favelas do estado do Rio de Janeiro (FAFERJ), Derê Gomes, e dos movimentos sociais e de juventude do estado.
Durante a iniciativa, o diretor Yuri Silva, reforçou a importância desse processo de escuta e a passagem da Caravana Participativa pelo estado.
“A potência da juventude negra do Rio de Janeiro, do Subúrbio, da Baixada, das favelas e periferias precisa estar expressa neste plano, por isso era tão essencial realizar uma etapa como essa do Juventude Negra Viva. Não é pouco fazer a escuta de um território sagrado que deu ao Brasil lutadores e lutadoras como Marielle Franco, Renata Souza, nos deu uma ministra da Igualdade Racial, a nossa Anielle Franco, e tantos outros. Esse território é capaz de produzir muitas potências e muitas lideranças, e por isso temos que lutar pela vida da juventude negra, para que a força desse solo emerja um futuro presidente ou presidenta negra para o Brasil”, destaca.
Para o representante do Coletivo Cultura Zona Oeste e “cria da favela”, como mesmo se intitula o jovem Cauã Lopes, 23 anos, “experienciar essa escuta ativa, essa caravana com diversos jovens do território do estado do Rio de Janeiro, juntamente com a ministra de Igualdade Racial e também outros representantes do estado, se apresenta como uma resposta fundamental dos jovens que precisam e que de fato devem estar no centro do debate.”