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Ministério da Igualdade Racial lança informativo de monitoramento: primeira edição analisa dados do Censo Quilombola
Foto: Walisson Braga/MIR
O Ministério da Igualdade Racial lança hoje o Informe de Monitoramento e Avaliação, que estreia com análise sobre o Censo Quilombola. O diagnóstico aponta que a população quilombola está presente em 1.696 municípios brasileiros, mais da metade está localizada na região nordeste.
Outro dado relevante apontado no documento é que mais de 80% da população quilombola é encontrada fora de terras demarcadas. É o que revela a edição quilombola do primeiro Informe do MIR, lançado nesta quinta-feira (31) pelo Ministério da Igualdade Racial. O Informe é uma série de publicações periódicas que vai realizar diagnósticos sobre diversos temas acerca das relações raciais no Brasil.
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Os relatórios são coordenados pela Diretoria de Avaliação, Monitoramento e Gestão da Informação, da Secretaria de Gestão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (SENAPIR) do Ministério e reúne dados do Censo 2022, o primeiro a identificar a população quilombola na pesquisa. De acordo com o Informe, foram identificadas 1.327.802 pessoas quilombolas, o que equivale a 0,65% da população brasileira.
O diagnóstico reúne dados referentes ao status dos territórios quilombolas já delimitados, incluindo também os que já iniciaram as etapas do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA e os que tiveram definições atribuídas por órgãos fundiários estaduais e municipais.
A pesquisa mostra 494 Territórios Quilombolas oficialmente delimitados no Brasil. Destes, 70,24% ainda estão com processo de titulação em curso e apenas 147 já finalizaram os procedimentos e já possuem o título.
O diagnóstico também aponta as localidades das comunidades e revela que quase um terço da população quilombola brasileira vive na Amazônia Legal. A população quilombola está presente em 1.696 municípios brasileiros e mais da metade dela está localizada na região nordeste.
O Informe reúne dados importantes para a elaboração de políticas públicas eficazes para essas comunidades. “Não estamos apenas divulgando dados sobre a população quilombola, mas mostrando que, para fazer política para o povo, é preciso fazer com as pessoas dos territórios”, destacou Roberta Eugênio, secretária Executiva do Ministério da Igualdade Racial.