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Intercambistas de Moçambique, Colômbia e Cabo Verde encerram atividades do Caminhos Amefricanos no país
Foto: Maria Heloísa Alves
Foi realizado nessa segunda-feira (2), o encerramento do acolhimento a intercambistas estrangeiros do Programa Caminhos Amefricanos, no Maranhão. Os estudantes e professores vindos de Moçambique, Colômbia e Cabo Verde chegaram ao estado no dia 18 de novembro e participaram de diversas atividades, como o evento "Brasil pela Igualdade Racial: Memória, Respeito e Direitos", promovido pelo Ministério da Igualdade Racial.
O programa tem como objetivo contribuir para o combate ao racismo e a promoção da igualdade racial no Brasil por intermédio de intercâmbios de curta duração no exterior, em países africanos, latino-americanos e caribenhos para fortalecer a formação inicial e a formação continuada de docentes para a implementação da Lei nº 10.639/2003, que tornou obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana.
A primeira turma de estrangeiros no Brasil foi recepcionada pela Universidade Federal do Maranhão e teve a oportunidade de conhecer lugares históricos, como a Rota Quilombola, museus e centros de cultura negra do Maranhão. Além de participar de mesas de debate para fomentar discussões sobre a Lei nº 10.639/2003 e demais políticas públicas de combate ao racismo.
“O Caminhos Amefricanos é uma construção que coloca para nós a igualdade racial e a implementação da Lei nº 10.639 como algo crucial e como centro da política, acreditando também na educação como instrumento de transformação da nossa sociedade. Formando multiplicadores e multiplicadoras que vão daqui a pouco tempo se formar enquanto profissionais da licenciatura para que possam levar essa perspectiva para dentro da sala de aula”, destacou o diretor de Políticas de Combate e Superação do Racismo, Luiz Paulo.
As atividades se dedicaram ainda a pensar a pluralidade de experiências educacionais, contemplando as discussões sobre educação quilombola, realizando visitação no Território Quilombola Urbano da Liberdade. Além do diálogo com grupos de jovens negros do HipHop e do Reggae, visitas ao Centro Histórico de São Luís e o Museu do Reggae.
Intercâmbio - Estudantes e professores negros brasileiros já foram à Colômbia e à Moçambique ao longo do ano de 2024 e agora em dezembro irão para Cabo Verde, para participar de mesas de debates e visitas aos espaços culturais e históricos de Maputo, Bogotá e Cidade da Praia.
O programa, que tem como intuito promover experiências que fortaleçam o combate ao racismo e a luta pela igualdade racial se volta a área da educação, principalmente na História e Cultura Africana e da Diáspora Africana. Ao final do intercâmbio, os discentes e docentes retornarão aos seus respectivos países e poderão compartilhar suas experiências e trabalhar em iniciativas que apliquem os conhecimentos adquiridos.