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Edital Atlânticas encerra inscrições com 537 candidaturas de pesquisadoras negras, quilombolas, indígenas e ciganas
Imagem: Divulgação/MIR
O edital Atlânticas - Programa Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência, fechado nesta quinta-feira (31), recebeu 282 candidaturas para o pós-doutorado no exterior e 255 para o doutorado sanduíche no exterior. O resultado preliminar será divulgado no dia 30 de abril e o intercâmbio terá início no segundo semestre de 2024.
O Programa oferece bolsas de doutorado e pós-doutorado no exterior para mulheres negras, quilombolas, indígenas e ciganas e o período no exterior irá variar de acordo com o plano de trabalho submetido pela candidata. As próximas etapas do edital incluem avaliação dos projetos, formação e avaliação do comitê de confirmação de autodeclaração étnico-racial das candidatas, e avaliação dos memoriais descritivos submetidos pelas candidatas quilombolas, indígenas e ciganas.
“Estou muito contente com o número de candidaturas ao edital Atlânticas. Sabemos das dificuldades que as pesquisadoras negras enfrentam para acessar uma oportunidade no exterior, seja a ausência de oportunidades e as estruturas familiares que dificultam muito seu afastamento do país. Por isso, estamos confiantes que o edital Atlânticas significará uma mudança profunda na carreira das cientistas negras do Brasil”, pontuou Márcia Lima, a Secretária de Políticas de Ações Afirmativas, Combate e Superação do Racismo.
Para a Diretora de Política de Ações Afirmativas, Layla Carvalho, o número de inscrições “aponta o grande interesse dessas pesquisadoras em internacionalizar e seguir com suas pesquisas e também demonstra a necessidade e a importância das ações afirmativas em todos os níveis de ensino. Esse programa traz para essas mulheres uma oportunidade não só de fortalecimento, de amadurecimento das pesquisas, mas também de formação de vínculos em universidades estrangeiras, que pode amplificar a produção do Brasil em várias temáticas e áreas de produção dessas pesquisadoras",
A iniciativa prevê o investimento de R$ 6 milhões com investimentos do Ministério da Igualdade Racial (MIR) em parceria com Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ministério das Mulheres (MM) e Ministério dos Povos Indígenas (MPI).