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Diretora da SQPT, Luzi Borges, é a mais nova guardiã do Parque Pedra de Xangô, em Salvador
FOTO: Wallison Braga
A diretora nacional de políticas para povos e comunidades tradicionais de matriz africana e de terreiro do Ministério da Igualdade Racial, Luzi Borges, recebeu no último sábado (15), o título de Guardiã do Parque Pedra de Xangô. A honraria lhe foi concedida na 4ª edição do Festival da Fogueira de Xangô, promovido pela Associação Bominfá e Samba das Matriarcas - grupo de sacerdotisas responsáveis pela salvaguarda e proteção do rochedo considerado sagrado pelas lideranças de matriz africana e de terreiro de Salvador.
O evento contou com o apoio da Secretaria de políticas para quilombolas, povos e comunidades tradicionais e matriz africana, povos de terreiros e ciganos (MI/SQPT) na construção das atividades musicais, danças ancestrais, palestras, exposição, empreendedorismo feminino realizadas e fortaleceu o compromisso do Ministério da Igualdade Racial com a salvaguarda material e imaterial da memória, história e cultura das comunidades afro-brasileiras. “Isso possibilita uma conexão direta com as tradições e demandas dessas comunidades, especialmente no que diz respeito à preservação e valorização dos nossos espaços sagrados”, destaca Luzi Borges.
Parque Pedra de Xangô - Considerado o primeiro parque municipal com nome de um orixá no Brasil, o espaço está localizado no bairro de Cajazeiras X, e é fruto da luta dos terreiros de candomblé que se organizaram para salvaguardar o símbolo da resistência histórica e ancestral africana.
Sua importância histórica e cultural simboliza a expressão rica da diversidade brasileira, e o culto ao orixá Xangô representa valores fundamentais como justiça e resistência. A Pedra de Xangô, além de seu significado ancestral, carrega um marco da resistência quilombola, uma vez que servia como passagem e esconderijo para os quilombolas perseguidos durante o período da escravização.
Em 2022, a Pedra de Xangô, que tem 8 metros de altura, foi tombada como patrimônio cultural de Salvador pela Fundação Gregório de Matos, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, com o objetivo de proteger e reduzir os violentos ataques de intolerância religiosa constantemente sofridos.