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Contrato de 10 milhões prevê a preservação e desenvolvimento sustentável da Pequena África, no Rio de Janeiro
Foto: Tulio Thomé / Divulgação BNDES
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, assinou nessa quarta-feira (28) o contrato vencedor do edital “Viva Pequena África” e de adesão ao Movimento pela Equidade Racial (Mover) e ao Índice de Equidade Racial nas Empresas (Iere), da Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.
A iniciativa realizada em parceria com o BNDES, Ministérios da Cultura e dos Direitos Humanos, Instituto Brasileiro de Museus, Fundação Cultural Palmares, visa apoiar projetos culturais que contribuam para o fortalecimento das instituições e manifestações culturais ligadas à preservação e valorização da memória e herança africana na região da Pequena África.
Para a ministra da igualdade racial, Anielle Franco, a assinatura evidencia em âmbito nacional e internacional, o compromisso do governo federal de fortalecer e resguardar a memória negra brasileira como um ato político, social, reparatório e de desenvolvimento. “Uma sociedade que conhece e valoriza sua própria história, é também a mesma que caminhará rumo a sua própria autonomia. Essa é uma iniciativa que dá muito orgulho de fazer parte da luta, por colocar em prática uma ação de reconhecimento, preservação e combate ao racismo. Que represente mais um exemplo para a salvaguarda de tantos outros sítios arqueológicos da história da população negra espalhados por esse país”, destaca.
A iniciativa Viva Pequena África está inserida em um plano de ação proposto pelo BNDES no Grupo de Trabalho Interministerial, coordenado conjuntamente pelo Ministério da Igualdade Racial e da Cultura, e motivado pelo reconhecimento do sítio arqueológico Cais do Valongo como Patrimônio Cultural Mundial pela Unesco em 2017.
Formado pelas instituições gestoras, Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP), pela PretaHub e pela Diaspora.Black, realizam as ações de fortalecimento, preservação e desenvolvimento sustentável desse território, na região central do Rio de Janeiro, e mapeará outros territórios representantes da memória e herança africanas no Brasil para futuras ações.
Atividade cultural – Na ocasião, foi realizada ainda a mostra Pretagonismos - exposição que reúne 105 obras de 59 artistas, como Antônio Bandeira, Manuel da Cunha, Ana das Carrancas e Arthur Timóteo da Costa, que destaca o protagonismo do artista negro e as trajetórias de luta, resiliência, transgressão e heroísmo desses personagens negros numa sociedade historicamente racista.