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Confira o primeiro dia do MIR na COP
- Foto: Thaise Torres / MIR
O Ministério da Igualdade Racial (MIR) está presente na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29). Representado pelo secretário Nacional de Políticas para Quilombolas, Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, Povos de Terreiros e Ciganos, Ronaldo Santos; pela diretora Nacional de Políticas para Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e de Terreiro, Luzi Borges; e pelo coordenador de Participação Social e Diversidade, Wdson Lyncon, o Ministério esteve presente em três painéis ligados diretamente ao tema da mudança climática e em uma discussão.
Começando o dia, a diretora Luzi Borges falou nesta quinta-feira (14) no Painel Boas Práticas de Transversalização de Gênero e Incorporação de Raça no Plano Nacional de Adaptação Brasileiro. A diretora falou sobre como MIR tem atuado para a transversalização das políticas dos Ministérios. "Temos mais de 20 iniciativas transversalizadas por gênero e raça no Plano Plurianual 2024-2027 e o ministério tem incidido nas políticas públicas a partir do ponto de vista de nossos povos", afirmou a diretora Luzi.
O secretário Ronaldo fez a fala de abertura do Painel de Transversalidade. Pouco depois, no início da tarde, ele falou no painel O Sisteminha Comunidades: Tecnologia Social Promotora da Soberania e Segurança Alimentar, da Resiliência Climática e da Microeconomia dos Povos e Comunidades Tradicionais. Ele lembrou que a comunidade de Alcântara (MA) utiliza essa tecnologia social e que o MIR acredita que a tecnologia deve ser espalhada pelo país. "Esses territórios são os que mais sofrem com as mudanças climáticas, então é necessário que os órgãos de Estado se coloquem para fortalecer e defender esses territórios, e é isso que o Sisteminha faz", ponderou.
Em seguida, Luzi Borges participou do painel Mulheres Quilombolas frente à Crise Climática: o Manejo das Tecnologias Ancestrais dos Quilombos na Construção de Modelos Sociais Mais Justos, Sustentáveis e Equânimes nos Brasis.
"Perguntamos, a partir do Comitê gestor da PNGTAQ [Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental Quilombola] que tipo de territórios elas desejam a si e suas descendências porque essa política é construída para garantir memória e tradição", colocou. "A luta pelo território tem que ser garantida pelo governo", acrescentou.
O coordenador Wdson Lyncon conta que a discussão sobre a plataforma Local Comunities and Indigenous People Platform (Plataforma de Comunidades Tradicionais e Povos Indígenas, em tradução livre) trouxe intervenções de profundos conhecedoresn de cada umas sete regiões socioculturais da Organização das Nações Unidas (ONU). "O MIR estar presente na reunião da plataforma reforça o compromisso com a ampliação e o fortalecimento da participação de quilombolas, povos e comunidades de matriz africana, de terreiro, ciganos e da população negra nos espaços decisórios globais", defende.
O Sisteminha – Abordagem inovadora, o Sisteminha Comunidade é uma técnica de produção de alimentos em áreas de comunidades tradicionais. Os alimentos são plantados em pequena quantidade, mas grande variedade, seguindo as diretrizes nutricionais da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).