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Caravana Juventude Negra Viva passa pelo Pará ouvindo demandas dos jovens nortistas
Foto: Irene Almeida.
Para combater a violência letal e as vulnerabilidades sociais que afetam a juventude negra, a Caravana Participativa chegou ao estado do Pará, na última segunda-feira (29), para construção, de forma coletiva, do Plano Juventude Negra Viva. O encontro, realizado na Usina da Paz Guamá, faz parte do processo de elaboração e aprovação das propostas locais que serão integradas ao Plano Nacional a ser apresentado em novembro. Na ocasião, as demandas dos jovens do Norte e da Amazônia foram colhidas.
O evento contou com a presença do secretário de Igualdade Racial e Direitos Humanos do Pará, Jarbas Vasconcelos, da secretária adjunta de Igualdade Racial e Direitos Humanos, Edilza Fontes, da titular da Coordenadoria Antirracista da Prefeitura Municipal de Belém, Elza Rodrigues, além de representantes do parlamento estadual e municipal, com a deputada estadual Livia Duarte e com a vereadora Beatriz Caminha, e de representações dos movimentos sociais e da juventude negra paraense. A Caravana Participativa acontece no estado até terça-feira (30).
O diretor de Políticas de Combate e Superação do Racismo do Ministério da Igualdade Racial, Yuri Silva, destaca que esse momento de escuta tem sido fundamental para construção de políticas que atendam as demandas e promova-se direitos efetivamente, frisando a especificidade do povo Amazônido.
"Para enfrentarmos um problema tão complexo, que afeta nossa juventude negra, é necessário, também, mecanismos complexos para acolher os desafios e promover os direitos. Portanto, para a reconstrução das políticas de promoção da igualdade racial, principalmente aquelas que dialogam com a juventude negra, é fundamental a união entre o governo federal, estados e municípios", afirma.
O secretário Jarbas Vasconcelos ressalta que "esse diálogo prático de ação política é fundamental para escutar a juventude e, também, promover, junto ao governo federal, projetos que alcancem esse público".
Participando da Caravana, o estudante de psicologia e militante do movimento negro do Pará, Richard Paiva, 24 anos, avalia a iniciativa.
"Dentro desses primeiros seis meses de governo, a gente já sente o governo federal preocupado com a gente, com a juventude negra, periférica. Esse Plano da Juventude Negra Viva é pra tornar os nossos sonhos, os sonhos da nossa juventude também vivos', afirma.