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Caminhos Amefricanos leva 50 estudantes negros brasileiros para Cabo Verde
Foto: Maíta Alves
Um grupo de intercambistas brasileiros chegaram à Cabo Verde para participar de mais uma edição do Caminhos Amefricanos: Programa de Intercâmbio Sul-Sul. A convite da Pró-Reitora para Investigação e Formação Avançada da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), Sônia Semedo, os 50 estudantes negros selecionados participarão do IV Seminário Internacional Caminhos Amefricanos, na própria Uni-CV.
Acompanhados pelo Diretor de Políticas de Combate e Superação do Racismo, Luiz Paulo Bastos, pela Coordenadora-Geral de Justiça Racial e Combate ao Racismo, Kátia Evangelista e pela Coordenadora de Articulação de Cooperação Internacional, Iyarumi Feitosa, os intercambistas participarão de oficinas, mesas de debate e atividades culturais voltadas a fomentar a cooperação internacional e partilhar boas práticas no âmbito da educação antirracista.
Ao longo dos 15 dias de intercâmbio, os estudantes participarão também de diversas mesas de debate, debatendo histórias e desafios contemporâneos entre Brasil e Cabo Verde - juventude, empreendedorismo, relações étnico-raciais e de gênero. Participarão da exibição de filmes documentais, de visitas à sítios culturais da cidade da Praia e de oficinas de Crioulo Cabo-Verdiano.
“Finalizar o ano com esta terceira edição apresenta a todos a força que o Programa tem no incentivo a valorização da história e cultura africana e afro-brasileira na educação do país.”, afirmou o diretor Luiz Paulo Bastos.
Foram 230 candidatos, e os contemplados são estudantes quilombolas ou autodeclarados pretos ou pardos matriculados a partir do 5º semestre dos cursos de licenciatura de Instituições de Ensino Superior públicas.
O intercâmbio será finalizado no dia 13 de dezembro e no final das atividades, os estudantes estarão mais qualificados para uma atuação mais consciente em sala de aula. O Programa Caminhos Amefricanos busca contribuir com a formação de profissionais atentos ao letramento racial, ao combate à discriminação e ao fortalecimento da Lei 10.639/03, a qual torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena nas escolas no Brasil.
Caminhos Amefricanos - é um projeto do Ministério da Igualdade Racial (MIR), em conjunto com o Ministério da Educação (MEC) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e prevê a partilha de ensinamentos e práticas de políticas públicas de combate ao racismo, e da educação sobre a história e a diáspora africanas.