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Brasil e Estados Unidos fazem primeira reunião de trabalho após retomada do Japer
Foto: Rithyele Dantas
O combate ao racismo no Brasil e nos Estados Unidos ganhou um novo passo nesta terça-feira (23). Os dois governos realizaram a primeira reunião de trabalho após a retomada do Japer, Plano de Ação Conjunta para Eliminar a Discriminação Racial e Étnica.
Em reunião no Palácio do Itamaraty, em Brasília, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, a secretária-geral do Ministério das Relações Exteriores, a secretária-executiva do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, Rita de Oliveira representaram o governo brasileiro.
A Representante Especial de Estado para Justiça e Igualdade Racial do Departamento de Estado, Desirée Cormier Smith, e Brian Nichols, Secretário de Estado adjunto para assuntos do Hemisfério Ocidental, além da Embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, participaram do encontro representando o governo norte-americano.
O JAPER ressalta a importância que ambos os países atribuem ao avanço da equidade racial, à promoção dos direitos humanos e da inclusão social, e à eliminação de todas as formas de discriminação. “O desenvolvimento social e econômico, o combate à fome e a criação de oportunidades que beneficiem os membros de comunidades raciais e étnicas marginalizadas, incluindo afrodescendentes e comunidades indígenas, são pilares importantes para o fortalecimento da democracia e das instituições democráticas”, diz carta conjunta assinada pelos dois países.
O Plano se divide em quatro eixos: Educação, Saúde, Cultura e Memória e Combate à Violência Letal. Durante toda a tarde, grupos de trabalho com representações de diversos ministérios brasileiros e do governo norte-americano vão definir pontos de partida de políticas públicas entre os dois países.
Em sua visita ao Brasil no início de maio, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, anunciou que os Estados Unidos vão investir US$ 500 mil para inclusão de comunidades marginalizadas e carentes do Brasil. O Japer foi inicialmente assinado há quase 15 anos, mas foi descontinuado desde 2013.