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Atlânticas: Pesquisadora brasileira desenvolve estudo sobre ecoconhecimento e saberes tradicionais no Chile
Pesquisadora Débora Chaves e a Dra. Marisela Pilquimán | Foto:Universidad Austral de Chile
A cientista Débora Chaves, doutoranda em Meio Ambiente e Desenvolvimento pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), é uma das pesquisadoras beneficiadas pelo Atlânticas – Programa Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência, iniciativa do Governo Federal que promove a internacionalização da produção acadêmica de mulheres negras, quilombolas, indígenas e ciganas.
Essa ação afirmativa interministerial coordenada pelo Ministério da Igualdade Racial em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o Ministério das Mulheres, o Ministério dos Povos Indígenas e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, concede bolsas de doutorado sanduíche e pós-doutorado no exterior para fortalecer a diversidade e a excelência acadêmica na ciência brasileira, produzida por mulheres.
Comprometida com uma abordagem ética e respeitosa, Débora desenvolve parte da sua pesquisa na Universidad Austral de Chile. Seu foco está na valorização dos ecosaberes de comunidades originárias, na relação entre mulheres, natureza, ancestralidade e (des)envolvimento humano O estudo conduz diálogos epistemológicos entre esses saberes e os das mulheres de comunidades tradicionais no Brasil.
"Quero investigar o ecoconhecimento, aquelas práticas naturais que permitem que as comunidades sobrevivam em um mundo onde o desenvolvimento é medido apenas por aspectos econômicos. Este estudo tem grande valor profissional e humano para mim e para todos os interessados neste tema", afirma a pesquisadora. Sua pesquisa conta com a supervisão de um comitê de orientação formado por Dra. Marisela Pilquimán Vera, do Chile; Dra. Yanina Micaela Sammarco e Dr. Dimas Floriani, do Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento (PPG-MADE/UFPR), no Brasil.
O Atlânticas – Programa Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência reafirma o compromisso do Governo Federal com a equidade e a promoção de ações afirmativas para ampliar a presença dessas mulheres na ciência. Ao oferecer suporte para a internacionalização da produção acadêmica dessas pesquisadoras, o programa fortalece a construção de redes de conhecimento diversas e interseccionais, garantindo que a ciência brasileira avance com diversidade, inclusão e inovação.
A iniciativa selecionou pesquisadoras de todas as regiões do Brasil, distribuídas em 18 países e cinco continentes, abrangendo uma ampla gama de áreas do conhecimento. Além de proporcionar oportunidades acadêmicas internacionais para mulheres negras, quilombolas, indígenas e ciganas, o programa fomenta a produção científica a partir de perspectivas plurais e interseccionais, promovendo a inclusão e a valorização dessas cientistas como protagonistas da inovação e do conhecimento.