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“Em cem dias conseguimos entregar pontos importantes, mas vamos continuar com nossas metas”, diz ministra Anielle Franco no Senado
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, compareceu nesta quarta-feira (12) à Comissão de Direitos Humanos do Senado para apresentar a estrutura e o planejamento de atuação de sua gestão do Ministério da Igualdade Racial. O requerimento da presença da ministra foi feito pelo senador Paulo Paim.
Veja a apresentação completa aqui.
Ao lado de Roberta Eugênio, secretária-executiva da pasta, Anielle apresentou os embasamentos jurídicos e dados que subsidiam a necessidade da existência do MIR. “Ainda vivemos num país onde um jovem negro é morto a cada 23 minutos e onde 70% das pessoas que mais passam fome são pessoas negras”, disse a ministra.
Apresentando uma linha do tempo das políticas de igualdade racial no Brasil e fazendo referência a toda a trajetória da antiga Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), Anielle Franco destacou a importância da necessidade do fortalecimento das políticas a partir da estrutura ministerial.
“Nós temos que aprender muito em relação a comunicar. Sempre acreditei numa comunicação antirracista, porque eu sei que só assim podemos trazer pautas e criarmos mecanismos de combate a uma comunicação que muitas vezes se refere a pessoas negras como 'bandido' e pessoas brancas como 'jovem'. Pensar um plano de comunicação perpassa por entedermos a importância de nos comunicarmos. Nada mais popular do que ter uma comunicação antirracista num país de maioria negra”, disse Anielle, apresentando a ideia de um Plano Nacional de Comunicação Institucional Antirracista.
Durante a sessão, a ministra também pôde apresentar as ações realizadas pelo ministério nos primeiros cem dias de gestão presentes também no relatório lançado no último dia 10. Uma das ações foi a visita ao Quilombo da Caçandoca, uma das regiões atingidas pelas chuvas de Ubatuba no começo do ano.
“Eu sei do meu papel e da minha missão em relação a metas e transversalidade e não posso me cansar de ir de porta em porta, de ministério em ministério, para construirmos outras reações de acesso e dignidade dos direitos”, disse a ministra. “Em cem dias conseguimos entregar pontos importantes, mas vamos continuar com nossas metas”, garantiu.