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“É central que a defesa dos territórios seja incorporada enquanto uma agenda de justiça ambiental no Brasil”, diz Roberta Eugênio em evento no RJ
Foto: Ana Luísa Pontes
A secretária- executiva do Ministério da Igualdade Racial, Roberta Eugênio, esteve no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (5), para cumprir duas agendas internacionais no Climate Solutions Forum (CSF). O evento reuniu líderes do G20, gestores públicos, especialistas, filantropos, pesquisadores e representantes da sociedade civil para debater mudanças climáticas, combate às desigualdades e desenvolvimento sustentável, no Rio de Janeiro.
Em seu primeiro compromisso, a secretária realizou a palestra de abertura do bloco IV do evento, com o tema ''Racismo Ambiental e Desenvolvimento Sustentável''. A ideia era pautar a agenda sobre desigualdades em suas múltiplas dimensões e debater a importância do tema para a construção de soluções climáticas sistêmicas no enquadramento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O painel abordou ainda os tópicos da agenda pública global contemporânea e os desafios em relação às mudanças climáticas, racismo, desigualdades e o papel das perspectivas do Sul Global.
Em seu discurso, Roberta Eugênio destacou a necessidade de promover e direcionar o fortalecimento dos povos e comunidades tradicionais para o centro do debate, traçou ainda um histórico da última COP realizada em 2023, proteção dos ativistas climáticos e relembrou o assassinato da líder quilombola Iyá Bernadete, ocorrido no ano passado. “Esse é um debate sobre o acesso e a proteção do direito a terra. É central para o MIR que a defesa dos territórios seja incorporada enquanto uma agenda importante para tratarmos o tema da justiça ambiental no Brasil”, declara.
Essa agenda converge com o compromisso do governo federal com a realização da COP 30 no próximo ano, o desmatamento zero de todos os biomas brasileiros (Amazônia, Mata Atlântica, Pampa, Caatinga, Cerrado e Pantanal), assim como, o atendimento emergencial realizado pelo Ministério da Igualdade Racial para as comunidades quilombolas e ciganas do Rio Grande do Sul, com a entrega de cestas de alimentos e a reconstrução do estado por meio da elaboração de Planos de Gestão Territorial e Ambiental Quilombola (PGTAQ) específico para as comunidades atingidas.
O evento de dois dias conta com uma programação de palestras, painéis, eventos paralelos e oportunidades de networking projetadas para inspirar ação e colaboração no espírito da filantropia e de direção a um futuro mais sustentável.