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1º Encontro Atlânticas fortalece rede de pesquisadoras negras, quilombolas, indígenas e ciganas
- Foto: Thayane Alves
O 1º Encontro Atlânticas: Construindo Vínculos e Projetando Futuro Acadêmico, realizado hoje (13), na Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) marcou um passo significativo para a promoção da diversidade na ciência.
Organizado pela Diretoria de Políticas de Ações Afirmativas do Ministério da Igualdade Racial, com o apoio do Instituto Serrapilheira, o evento reuniu presencialmente 52 bolsistas, tendo a participação remota de outras pesquisadoras.
Também estiveram presentes na mesa de abertura a Secretária Executiva, Roberta Eugênio, a Secretária de Políticas de Ações Afirmativas, Combate e Superação do Racismo, Marcia Lima, a Diretora de Políticas para Quilombolas e Ciganos, Paula Balduíno, a Diretora de articulação institucional do Ministério das Mulheres, Carla Ramos, a Diretora de Cooperação Institucional, Internacional e Inovação do CNPq, Dalila Oliveira, o Coordenador-Geral de Promoção à Cidadania do Ministério dos Povos Indígenas, André Fernando e o Gestor de Ciência do Instituto Serrapilheira, Michel Chagas.
O encontro promoveu integração e o fortalecimento da rede formada por mulheres negras, quilombolas, indígenas e ciganas aprovadas na Chamada Atlânticas: Programa Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência, uma iniciativa do MIR que envolveu investimento de R$8 milhões para apoiar as trajetórias acadêmicas das 86 pesquisadoras selecionadas. As bolsas são fundamentais para cobrir custos de instalação, seguro-saúde e auxílio deslocamento, permitindo que as bolsistas realizem pesquisas em universidades internacionais de destaque, em países como Estados Unidos e Portugal.
"Estou muito orgulhosa desse edital, foi uma seleção muito competitiva, nós contemplamos mulheres de todas as áreas do conhecimento. O Atlânticas é um programa histórico, estamos ampliando as oportunidades de 86 pesquisadoras negras, quilombolas, indígenas e ciganas e isso nunca foi feito antes. ", afirmou a Secretária de Políticas de Ações Afirmativas, Combate e Superação do Racismo, Marcia Lima.
Além de mesas-redondas e dinâmicas de integração, o evento contou com uma oficina voltada à criação da Rede Atlânticas, uma iniciativa que busca fortalecer a colaboração entre as pesquisadoras e facilitar a superação de barreiras enfrentadas por mulheres negras, quilombolas, indígenas e ciganas no mundo científico.
Programa Atlânticas - Lançado em julho de 2023, tem como principal objetivo incentivar a presença de mulheres em programas de pós-graduação e pós-doutorado no Brasil e no exterior. Com a participação de pesquisadoras de diversas áreas do conhecimento, o programa já se destaca como uma iniciativa crucial para o avanço da equidade de gênero e raça na ciência, oferecendo não apenas financiamento, mas também suporte acadêmico para o desenvolvimento de pesquisas de excelência. O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), o Ministério das Mulheres (MMulheres) e o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) são parceiros do MIR no projeto.