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Presidente da CNEN participa de reunião com representantes de instituições científicas do RJ
O presidente da CNEN, Francisco Rondinelli Jr., participou, no dia 4 de agosto, de reunião com representantes de instituições de C&T e universidades do Rio de Janeiro voltada a fortalecer ideias e projetos para alavancar a ciência do Estado. O encontro, no Centro de Tecnologia da UFRJ, foi convocado pelo presidente da Finep, Celso Pansera, e contou com 25 participantes, entre eles o reitor da FRJ, Roberto Medronho, e a deputada estadual Elika Takimoto (PT-RJ), presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Alerj.
A articulação dos projetos abrange ciência, educação e saúde, e a iniciativa foi elogiada por todos os presentes e considerada fundamental para a recuperação do Rio de Janeiro. Em sua fala, Rondinelli destacou a importância de projetos institucionais CNEN, como o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), e de uma parte importante do setor industrial nuclear no Rio de Janeiro. Sobre o projeto do repositório de rejeitos radioativos, enfatizou que o Centena pretende ser um centro tecnológico ambiental, e cujo local está sendo definido, dentro de critérios técnicos, com municípios listados como possíveis candidatos no Estado.
“Trata-se de um importante projeto na área nuclear e já estamos com pedido de recursos no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação”, acrescentou. Para a definição do local estão elencados municípios dos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
Rondinelli também lembrou a importância fundamental da área nuclear nas aplicações médicas e de todo o conhecimento gerado pelo setor, com alcance no ensino, pesquisa e formação de recursos humanos, em unidades CNEN. Frisou o papel de destaque do Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD/CNEN) em metrologia, dosimetria, na segurança das aplicações da tecnologia nuclear. Isso para citar apenas as unidades da autarquia no Estado, fora o papel de relevância dos outros institutos e centros CNEN, com grande potencial de colaboração.
Ainda na parte ambiental, Rondinelli complementou ressaltando o potencial da ciência nuclear para a preservação ambiental, em pesquisas, projetos e temas que pedem discussão. Entre esses, um que investiga o potencial da vegetação costeira na retirada de CO2 da atmosfera e das aplicações das radiações ionizantes para combater microplásticos poluentes em oceanos e mares. “Precisamos em todas as áreas apoiar iniciativas para atrair pesquisas e jovens pesquisadores”, afirmou.
O professor Aquilino Senra, presidente da Faperj, destacou que os institutos carecem de vagas e lembrou que eles perderam mais de 50% de seu pessoal, exemplificando com o caso do Instituto de Engenharia Nuclear (IEN/CNEN), assim como outros no Estado. Para o reitor da UFRJ, professor Medronho, é fundamental reunir todas as condições, expertise e potência do Estado para que a ciência, a tecnologia e a inovação sejam prioridades, voltadas à soberania nacional. Como proposta final, finalizou Pansera, a partir do estabelecimento de um fórum, devem ser organizadas reuniões para se chegar a ações de um grupo de trabalho.
De acordo com a presidente da comissão de C&T na Alerj, Elika Takimoto, há uma grande densidade em instituições de pesquisa e é preciso conectar esses saberes. “São muitas instituições trabalhando e é necessária essa coordenação, como tem afirmado a ministra Luciana Santos, titular da Ciência e Tecnologia”, destacou a deputada.
Entre as instituições presentes, Fiocruz, UFF, UERJ, Colégio Pedro II, Cefet, Unirio, Coppe, UFRRJ, Uenf, Instituto Pereira Passos, Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá. Após a reunião, Rondinelli e os demais dirigentes participaram da cerimônia de transmissão do cargo de reitor e vice-reitora da UFRJ aos professores Roberto de Andrade Medronho e Cassia Curan Turci.