Notícias
SETCOS
Parceria multi-institucional é iniciada e conta com pesquisadora do Reator Argonauta
No dia 3 de maio, teve início o projeto “Análise de Íons Remanescentes de Processos de Purificação”, uma parceria do IEN, INB e IQ-UFRJ. O projeto tem por objetivo selecionar, implementar e validar uma metodologia analítica capaz de quantificar, com confiabilidade, a presença dos íons carbonato e fluoreto por meio da técnica de cromatografia de íons (esta técnica consiste na separação físico-química de íons utilizando resinas e soluções). Esses íons precisam ser quantificados para monitorar o desempenho de alguns processos de purificação utilizados na Fábrica de Elemento Combustível da INB.
“O projeto surgiu de uma conversa com representantes da INB que visitaram o Reator Argonauta”, conta Luciana Carvalheira, pesquisadora do Reator Argonauta, que convidou o professor da UFRJ, Carlos Alberto Riehl, a colaborar para atender à demanda da INB. Riehl atua no departamento de Química Analítica do IQ-UFRJ e é coordenador do LEMA – Laboratório de Ensaios e Metodologias Aplicadas, onde será conduzido o estudo com padrões e amostras não radioativas. Os ensaios com amostras radioativas serão realizados na unidade da INB em Rezende e nas instalações do Reator Argonauta (no LDRAN – Laboratório de Desenvolvimento de Radioisótopos Obtidos por Ativação Neutrônica, coordenado por Luciana).
“A INB deseja utilizar técnicas e metodologias que forneçam resultados mais rápidos e precisos do que as atualmente utilizadas na quantificação desses íons. Essa metodologia analítica fará parte do conjunto de ensaios realizados no controle de qualidade de soluções provenientes dos lavadores de gases, que são usados no processo de fabricação do elemento combustível”, explica a pesquisadora do IEN. “O know-how desenvolvido e adquirido nesse projeto pode ser aproveitado para a capacitação, treinamento e formação de recursos humanos no próprio IEN, já que o Reator Argonauta contará com novas instalações e equipamentos que vão atender a essa e outras metodologias analíticas e radioanalíticas”, complementa. O projeto tem previsão de duração de três a seis meses e será finalizado com a entrega de um relatório apresentando o desempenho da metodologia analítica selecionada.
A pesquisadora do IEN, Luciana Carvalheira, e o professor do IQ-UFRJ, Carlos Riehl,
no laboratório que está sendo utilizado para estudos da metodologia analítica de interesse da INB.
Texto de Luciana Carvalheira e Henrique Davidovich
Fotos de Antônio Sérgio Lima