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Na expectativa de receber a ministra de CT&I, IPEN/CNEN celebra 67º aniversário com novas instalações e premiações
Dando início às comemorações dos 67 anos de sua fundação, o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN-CNEN) inaugura, nesta quarta-feira, 30, no Centro do Combustível Nuclear (CECON), a unidade integrada de fabricação de elemento combustível, uma instalação nuclear que tem como propósito a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de combustíveis para reatores de pesquisa nacionais.
O IPEN é uma autarquia vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) do Governo do Estado de São Paulo e gerida técnica e administrativamente pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), do Governo Federal. A programação comemorativa dos 67 anos será no campus do Instituto, complexo da USP, na Cidade Universitária, Butantã.
Na quinta-feira, 31, às 10h, com a presença de autoridades, na sessão solene, será outorgado o Título de Pesquisadora Emérita do IPEN-CNEN 2023 à Dra. Letícia Lucente Campos Rodrigues, e a entrega de dois importantes prêmios institucionais: o VII Prêmio IPEN de Inovação Tecnológica, cujo vencedor será anunciado na hora, e o "I Prêmio Shigueo Watanabe de Melhor Tese” do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Nuclear IPEN/USP.
O Prêmio de Inovação Tecnológica do IPEN foi criado com o objetivo de divulgar a importância social de pesquisas desenvolvidas no instituto que tenham potencial de atingir o setor produtivo. O vencedor recebe troféu e premiação em dinheiro aos Laboratórios e aos Centros de Pesquisa envolvidos. Aqui os quatro projetos finalistas .
O vencedor foi Fernando Gonçalves Morais, com a tese "Estudo das propriedades de absorção de Brown Carbon e Black Carbon utilizando sensoriamento remoto e medidas in situ na Amazônia”, sob a orientação do pesquisador Eduardo Landulfo, do Centro de Lasers e Aplicações do IPEN.
Saúde em debate
Ainda no dia 31, à tarde, a partir das 14h, está programado o Encontro "O Papel do IPEN-CNEN no Complexo Industrial da Saúde – CIS”. Pesquisadores do Instituto vão apresentar suas atividades desenvolvidas na área da saúde e a contribuição institucional no atendimento às demandas do setor. Existe a possibilidade de participação da ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.
O CIS é uma iniciativa do Ministério da Saúde, configurado como um sistema constituído pelos setores industriais de base química e biotecnológica e de serviços de saúde que estabelecem relações institucionais, econômicas e políticas voltadas para a inovação e produção em saúde – o IPEN/CNEN contribui atuando em pesquisa e desenvolvimento e na produção de radiofármacos para a medicina nuclear.
"O CIS vai atuar visando a redução da vulnerabilidade do SUS [Sistema Único de Saúde], o cumprimento dos princípios do SUS e a ampliação do acesso da população a produtos e serviços. Então, estamos em um momento fértil para ampliar esse debate, considerando o papel fundamental do IPEN nesse cenário”, afirma Isolda Costa, diretora substituta do IPEN/CNEN.
Novas instalações
A inauguração da unidade integrada de fabricação de elemento combustível, no dia 30, marca o início da celebração dos 67 anos do IPEN/CNEN . Encerrando a programação, na sexta-feira, 1 de setembro, será inaugurado o Laboratório de Investigação e Produção de Lotes Piloto de Radiofármacos, no Centro de Radiofarmácia do Instituto.
Na ocasião, o pesquisador Marcelo Linardi apresentará os resultados do Projeto FAPESP, sob sua coordenação, que possibilitou a modernização de instalações no IPEN. Também participam o presidente da CNEN, Francisco Rondinelli Junior, o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD/CNEN), Wilson Calvo, e um representante da FAPESP.
Caminho para o RMB
A unidade integrada possui quatro áreas para a produção de elementos combustíveis para reatores do tipo MTR (acrônimo do inglês Material Testing Reactor), que são usados para testar materiais e combustíveis nucleares, gerar radioisótopos para aplicações médicas e industriais, e realizar pesquisas básicas e aplicadas em física e química nuclear.
Sua infraestrutura está projetada para uma capacidade máxima de produção de 80 elementos combustíveis por ano e 1042 alvos de urânio, com um regime de produção em até três turnos na unidade integrada. Atualmente, a capacidade de produção é de 20 elementos combustíveis por ano, com regime de produção em um único turno.
"A inauguração da unidade é um passo importante para o desenvolvimento do RMB, projeto estratégico da CNEN e para o MCTI. É um marco que mostra o quanto o Brasil é capaz de avançar com investimento em pesquisa, estímulo ao desenvolvimento científico e tecnológico e uma boa dose de ousadia e coragem”, comenta Elita Fontenele Urano de Carvalho, gerente do CECON/IPEN.
O CECON/IPEN contou com o apoio de projetos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para adequação da unidade integrada, tratamento de efluentes, caracterização do combustível e desenvolvimento de novos combustíveis. Recursos orçamentários institucionais também foram fundamentais para se chegar ao atual estágio.
Produção de placas em uma das áreas da Unidade Integrada de Fabricação de Elementos Combustíveis.
Foto: Elita F. Urano de Carvalho - CECON-IPEN/CNEN
Fonte: IPEN