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IEN/CNEN presta homenagem a servidores importantes da sua história
Cerimônia reuniu as famílias de quatro importantes servidores do IEN/CNEN. Foto: Gledson Júnior.
O Instituto de Engenharia Nuclear (IEN/CNEN) realizou na manhã do último dia 28 de novembro uma cerimônia de homenagem a quatro servidores que contribuíram para o crescimento da instituição desde os seus primeiros anos de existência e, consequentemente, para o desenvolvimento da ciência nuclear no Brasil.
Para isso, o IEN/CNEN convidou as famílias de Bartyra de Castro Arezzo, Arthur Gerbasi da Silva e Luiz Osório de Brito Aghina (já falecidos) e de Hilton Andrade de Mello, que esteve presente no evento, para receberem essa homenagem e inaugurarem as placas que rebatizam quatro edifícios instalados na instituição com os nomes desses servidores.
Confira um breve resumo sobre a história de cada um desses homenageados:
- Bartyra de Castro Arezzo (1924-2022): ingressou no IEN/CNEN como química em 1966, e três anos depois, assumiu a chefia da Divisão de Química. Ela ainda atuou como coordenadora da área de Aplicações Técnicas Nucleares da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e, posteriormente, assumiu o cargo de Gerente de Cooperação Técnica. O Edifício Laboratório de Materiais Nucleares (Laman) foi escolhido para receber a placa com o nome de Bartyra, que é considerada um símbolo de pioneirismo e representatividade feminina no setor nuclear. É nesse prédio onde há uma pintura em alusão à cientista Marie Curie, primeira mulher da história da Ciência a receber um Prêmio Nobel.
- Arthur Gerbasi da Silva (1929-2024): trabalhou no IEN/CNEN a partir de junho de 1964 como pesquisador, exerceu a função de chefe da atual Divisão de Radiofármacos entre 1965 e 1990, e um ano depois, assumiu o cargo de Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN. O Prédio da Divisão de Radiofármacos (Dirad), onde Gerbasi comandou por 25 anos, foi rebatizado com o seu nome. O atual chefe do setor, Júlio Cézar Suita, falou sobre o homenageado como um grande amigo e alguém que se dedicou muito para que o IEN/CNEN pudesse contribuir na promoção de pesquisas em prol da medicina nuclear.
- Luiz Osório de Brito Aghina (1931-2015): Durante a sua trajetória de quase trinta anos no IEN/CNEN, chefiou Departamento de Reatores e exerceu de forma interina a função de diretor da instituição, entre 1973 e 1977. Aghina ainda foi coautor das Normas de Localização de Reatores Nucleares, presidiu o grupo de planejamento para o programa de desenvolvimento de Reatores Rápidos para o IEN/CNEN e membro do Comitê Consultivo de Segurança do Reator Argonauta, além de ter criado um método próprio para o cálculo da massa crítica desse mesmo reator. Com tantas contribuições para o setor do Reator Argonauta, o edifício onde ele está instalado adotará o nome do engenheiro.
- Hilton Andrade de Mello (1939-): Começou a trabalhar no IEN/CNEN como engenheiro em 1963, participando ativamente da construção, montagem e testes do Reator Argonauta, e da Implantação da área de instrumentação e controle do órgão. Comandou a direção do IEN/CNEN entre 1991 e 1992 e foi chefe da Divisão de Instrumentação e Controle, cujo prédio, a partir de agora, terá o seu nome. Hilton Andrade se sentiu honrado de ver a sua história e dos seus outros três colegas de trabalho perpetuada nessas placas.
“Essa homenagem era esperada no sentido de que esse grupo inicial se dedicou a vida inteira a essa instituição. Foi um prazer enorme conseguir transmitir em nome deles, já que sou o único sobrevivente da história, o agradecimento à direção do IEN/CNEN por essa homenagem, que não foi feita só para nós, mas para todos os engenheiros, técnicos, o pessoal do administrativo que participou desse evento. É algo que agora está eternizado nesses edifícios e a vida continua!”, afirmou Hilton.
Escrita por: José Lucas Brito