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Dois pesquisadores do IEN/CNEN são contemplados no edital Cientista do Nosso Estado da FAPERJ
Dois pesquisadores do Instituto de Engenharia Nuclear (IEN/CNEN), Paulo Victor de Carvalho e Ralph Santos-Oliveira, foram selecionados para receber bolsas de bancada no edital Cientista do Nosso Estado da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), conforme esta instituição divulgou no final de julho. O montante de cada bolsa será recebido durante três anos e se destina a cobrir gastos das pesquisas (já em desenvolvimento) com material permanente e de consumo, serviços de terceiros, passagens e diárias.
Resiliência
O projeto coordenado por Paulo Victor de Carvalho intitula-se “Engenharia de Resiliência e Ergonomia para uma Sociedade Resiliente”. Resiliência é um termo tomado emprestado da física por algumas áreas do conhecimento, e na sua origem significa a propriedade que têm muitos corpos de voltarem ao seu estado original quando retirados os esforços que os deformaram. Assim sendo, “a Engenharia da Resiliência é uma maneira alternativa de pensar a segurança de sistemas complexos, com foco na capacidade de se adaptar para lidar com perturbações (por exemplo, como mudanças climáticas, pandemias e acidentes ampliados em sistemas tecnológicos cada vez maiores e mais interconectados)”, explica Carvalho. As pesquisas, além do IEN/CNEN, envolvem também a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e dela já participam cerca de dez alunos de pós-graduação.
Como parte do que já foi realizado pelo grupo, podem ser citados pesquisas na área nuclear (ergonomia e fatores humanos) e sistemas de informação para lidar com desastres. Foi desenvolvido um aplicativo de celular para as pessoas informarem a sua percepção das chuvas.
Fármacos
Já o projeto coordenado por Santos-Oliveira, que tem a colaboração do Instituto de Química da UFRJ, é intitulado “Desenvolvimento e Avaliação de Novos Teranósticos e Radioteranósticos no Confronto à Doença de Alzheimer”. Teranósticos são fármacos que servem tanto para o diagnóstico de doenças como para o seu tratamento. Nessa proposta de pesquisa nanorradiofármacos, isto é, fármacos de pequenas dimensões que são radioativos, também estão inclusos.
“Já desenvolvemos um nanossistema que é capaz de atuar de maneira preventiva contra o Alzheimer, o estamos testamos in vitro e caminhamos para testá-lo in vivo”, explica Santos-Oliveira. E pontua: “O que temos feito em relação ao Alzheimer é absolutamente inovador no mundo.”
“A aprovação dos nossos projetos, tanto o meu como o do Paulo Victor, vem consagrar as pesquisas desenvolvidas no IEN”, conclui o farmacêutico Santos-Oliveira.
Reportagem e texto de Henrique Davidovich
Setor de Comunicação Social do IEN