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CNEN participa do Exercício Guardião Cibernético, em Brasília, coordenado pela Diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear
Entre os dias 14 e 18 de outubro, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) participa da 6ª edição do Exercício Guardião Cibernético (EGC 6.0), na Escola Superior de Defesa, em Brasília (DF). O evento, promovido anualmente desde 2018, é organizado pelo Comando de Defesa Cibernética em parceria com o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR), cujo objetivo é fortalecer a segurança das infraestruturas críticas do país.
O Exercício simula ataques cibernéticos para testar e aprimorar as capacidades de defesa dos setores essenciais ao funcionamento do Brasil, como transporte, energia, comunicações, finanças e defesa. A área nuclear participa ativamente desde a primeira edição, contribuindo para garantir a segurança das instalações nucleares brasileiras e reforçando a proteção contra ameaças cibernéticas.
Nesta sexta edição, a Diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear (DRS/CNEN) assumiu a coordenação do Exercício Guardião Cibernético, função anteriormente exercida pelo GSI/PR. Para o diretor da DRS/CNEN, Alessandro Facure, esse papel de coordenar é motivo de orgulho. "Diante das crescentes ameaças digitais, essa iniciativa reafirma nosso compromisso com a proteção integral das infraestruturas críticas, garantindo a resiliência e a confiabilidade operacional essenciais ao setor nuclear brasileiro", afirmou.
O servidor Rafael de Oliveira Faria, do distrito de Angra dos Reis, também vinculado à DRS/CNEN, liderou a organização. Ele explica que a iniciativa é uma oportunidade de integração entre as instituições do setor e importante para consolidar a evolução do trabalho que vem sendo feito em segurança cibernética.
“A experiência na preparação do EGC 6.0 foi bastante intensa. Dentre os pontos positivos da edição, destaco o apoio da Agência Internacional de Energia Atômica fornecendo o simulador de cenários, a integração com outros setores do Exercício, a comunicação de incidentes utilizando a Rede Federal de Gestão de Incidentes Cibernéticos (REGIC), os Problemas Cibernéticos Simulados discutidos coletivamente com contribuição de todos e a presença de profissionais de Comunicação e Jurídico no Exercício”, avalia.
Entre os participantes do EGC 6.0, pelo Setor Nuclear, estavam representantes do GSI/PR, da Nuclep, INB, Eletronuclear e da Marinha do Brasil (CTMSP, DGDNTM e SecNSNQ). Pela CNEN, participaram representantes dos institutos vinculados: Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste (CRCN-NE), Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) e Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD).
O Exercício termina nesta sexta-feira, dia 18, com um panorama compartilhado por todos os setores participantes.
Apoio da AIEA
Na edição deste ano, o grupo teve a oportunidade de utilizar uma plataforma internacional de simulação, aplicada pela AIEA em seus treinamentos. Com essa ferramenta, foram criados cenários de ataques cibernéticos em diferentes contextos: uma instalação médica, um laboratório de produção de radioisótopos e uma usina nuclear.
Cada um desses desafios exigiu respostas e estratégias distintas dos participantes. A coordenação do Setor Nuclear contou com o apoio do professor Ricardo Marques, da USP, atuando como especialista internacional da AIEA, além de uma palestra virtual ministrada por Rodney Busquim, chefe da Seção de Gestão da Informação da AIEA.
Encaminhamentos
Durante o ECG 6.0, a CNEN realizou uma apresentação introdutória da Norma CNEN 2.07, a futura primeira norma de segurança cibernética em instalações nucleares brasileiras. A previsão é de que texto siga para a etapa de consulta dirigida no próximo mês.
Texto de Deize Paiva, da Assessoria de Comunicação do CDTN/CNEN
com informações da DRS