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Oficina de Modelagem de Febre Amarela
No século XXI, diversas reemergências do vírus na região extra-amazônica foram registradas. A última, iniciada em 2014, gerou efeitos observados até o presente, e resultou nos maiores surtos da história da FA silvestre no Brasil, com amplo território afetado, incluindo áreas onde o vírus não era detectado há décadas. Os milhares de casos e as centenas de óbitos registrados, assim como as milhares de mortes de primatas não humanos (PNH) documentadas, são indicadores da magnitude do impacto à saúde pública e à biodiversidade de primatas no período, o que fomentou a expansão da área com recomendação de vacinação (ACRV) para todo o País.
O Grupo de Modelagem de Febre Amarela (GRUMFA) tem trabalhado na melhoria da qualidade dos dados captados pelos serviços de vigilância e na aplicação de ferramentas de modelagem de dados que, entre outras iniciativas, resultaram na avaliação de risco baseada na favorabilidade dos municípios à transmissão do vírus amarílico e nas rotas favoráveis de dispersão (corredores ecológicos) nas Regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste, as quais subsidiaram o planejamento e a execução de ações de vigilância e imunização, com importantes impactos nos indicadores de FA, sobretudo na redução do número de casos humanos.
No dia 06/08, o Ministério da Saúde reuniu o Grupo de Modelagem de Febre Amarela (GRUMFA) para uma Oficina de Atualização e Discussão dos Modelos de Risco de Febre Amarela e Definição de Áreas Prioritárias para as Ações de Vigilância e Imunização, na cidade de Curitiba. O CENP esteve representado pelos servidores Amauri Junglos (SETEC) e Josi Melo (SEMAP).
A oficina resultou em um relatório com a metodologia de trabalho utilizada para a análise de situação de saúde da febre amarela, com destaque para os períodos de monitoramento 2022/2023 e início de 2023/2024, com a finalidade de preparar a rede de serviços de saúde e obter propostas de ações regionais e nacionais. O material produzido também será um mecanismo de alerta, por meio da divulgação conjunta dos resultados em um boletim epidemiológico da SVSA.