Mico Leão da Cara Dourada (Golden-headed lion tamarin-ing.)
Leontopithecus chrysomelas
Família: Callitrichidae
Gênero: Leontopithecus
Espécie: Leontopithecus chrysomelas (Khul, 1820)
Habita tanto a floresta ombrófila próxima ao litoral quanto as florestas estacionais semideciduais mais interioranas. Além destas, o táxon ocupa florestas secundárias (áreas degradadas) e áreas de cabruca. O táxon não é restrito a hábitats primários e apresenta tolerância a modificações/perturbações no ambiente, sendo capaz de viver e se reproduzir exclusivamente em áreas de cabruca. Também utiliza florestas secundárias com diferentes níveis de perturbação. Apesar da plasticidade ambiental de L. chrysomelas, existem recursos fundamentais para a sobrevivência, tais como a presença de ocos de árvores que servem de dormitório para os grupos e a ocorrência de bromélias e epífitas para o forrageio de insetos.
Alimentação:
Alimenta-se de néctar, flores, seiva e alguns animais pequenos. É um animal com dieta frugívora – insetívora, sendo que os frutos compreendem mais de 70% de sua alimentação na primavera.
Descrição:
Tem a cor dourada apenas na face, nuca e dorso dianteiro, pelagem negra brilhante cobrindo todo o corpo. Pele do rosto, planta dos pés e mãos são pretas. Possui uma vasta juba o que originou seu nome.
Reprodução:
Fêmeas atingem a maturidade sexual entre 18 e 29 meses e machos entre 18 e 24 meses. O padrão de acasalamento é monogâmico, porém há relatos de grupos poliândricos e poligínicos em vida livre. O tempo gestacional é de 125 dias, nascendo mais comumente gêmeos, podendo também ocorrer o nascimento de apenas 1 filhote.
Distribuição geográfica:
É endêmico da Mata Atlântica, ocorrendo nos estados da Bahia e Minas Gerais. De acordo com levantamentos recentes, no estado de Minas Gerais a espécie já é considerada extinta. A espécie é encontrada também no estado do Rio de Janeiro, porém é introduzido, não endêmico.
Avaliação de risco de extinção pelo ICMBio: Em Perigo (EN)
Curiosidades:
O tamanho de grupo varia de 3 a 15 indivíduos. A estimativa de vida para a espécie é em torno de 15 anos.