Sapajus libidinosus
Família: Cebidae
Gênero: Sapajus
Biologia:
Habita florestas ripárias e formações arbóreas e arbustivas dos biomas Cerrado e Caatinga, e até mesmo em manguezais, não sendo restrito a habitats primário. Podem utilizar uma área de vida de até 135 hectares. São animais peculiares por terem grande habilidade de solucionar problemas ligados à obtenção de alimentos através do uso de ferramentas, uma estratégia não muito comum entre os primatas do novo mundo. Dentre as condições ecológicas que foram ligadas ao uso de ferramentas na espécie, consideram-se a disponibilidade da ferramenta em si (por exemplo, pedras para serem usadas como martelos), o hábito terrestre (que facilitaria o uso das mãos) e disponibilidade de recursos alimentares que sejam envoltos por um exocarpo duro.
Alimentação:
São onívoros, se alimentando de frutos, sementes, insetos, pequenos vertebrados.
Descrição:
Pesam entre 1,3 e 4,8 kg. Possui pouco dimorfismo sexual. A coloração tende ao amarelo ou bege, com os membros de cor escura tendendo ao preto, assim como o topete, que possui forma espessa.
Reprodução:
Fêmeas atingem a maturidade sexual entre 48 e 60 meses e machos entre 74 e 86 meses. São poligâmicos, o tempo de gestação é de 149-158 dias, nascendo um filhote.
Distribuição geográfica:
É endêmico ao Brasil, ocorrendo nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, São Paulo, Piauí, Rio Grande do Norte, Tocantins, Pernambuco e Paraíba.
Avaliação de risco de extinção pelo ICMBio: Quase Ameaçada (NT)
Curiosidades:
Usualmente formam grupos de 6-20 indivíduos, mas já foram registrados grupos com mais de 50 indivíduos. Estima-se que a população de Sapajus libidinosus, esteja em declínio baseando-se na perda ocorrida e contínua de hábitat. A Caatinga, por exemplo, teve mais de 50% de sua área desmatada até 2009 segundo informações do IBGE 2012. No Cerrado, a perda é estimada em cerca de 50%, além da alta pressão de caça. São vítimas comuns do comércio ilegal de animais de estimação. Tendo em vista a plasticidade da espécie, inferiu-se que o declínio populacional não deve ser considerado na mesma proporção da perda e fragmentação do habitat, mas que este deve se aproximar de 30% da população.